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2022-05-05 às 17h20

Língua portuguesa será cada vez mais relevante em todos os domínios

Sessão comemorativa do Dia Mundial da Língua Portuguesa
Primeiro-Ministro António Costa intervém na cerimónia do Dia Mundial da Língua Portuguesa, Lisboa, 5 abril 2022 (foto: Manuel de Almeida/Lusa)
«A consagração pela UNESCO, há três anos, do dia 5 de maio como Dia Mundial da Língua Portuguesa tem uma importância extraordinária para enfatizar a dimensão universal da nossa língua», disse o Primeiro-Ministro António Costa na sessão comemorativa, em Lisboa.
 
O Primeiro-Ministro referiu que «a língua portuguesa é hoje a língua de muitas pátrias», «do conjunto dos países que a adotaram como língua oficial – e isso é um fator de unidade entre todos eles – e um ponto de ligação». 

Referindo o escritor Amin Malouf, António Costa disse que, «entre os diferentes elementos identitários, o único que são exclui nem separa, mas que pode ser partilhado e aproximar, é a língua», sendo a portuguesa «um fator de aproximação entre os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa que não têm como única língua a língua portuguesa».

Investir no ensino da língua

Mas a língua, «antes de ser dos países e dos povos, é das pessoas e, por isso, é muito importante o investimento no seu ensino. Todas as vencedoras do prémio de conto de língua portuguesa [entregue durante a sessão] estudam no estrangeiro, e isto mostra a importância do ensino da língua nos países estrangeiros onde há comunidades ou onde há um interesse crescente pela nossa língua».

O Primeiro-Ministro disse que o interesse pelo português «vai ser cada vez maior, não por ser a língua mais falada do hemisfério sul, nem por ser a quarta língua materna mais falada a nível mundial, mas por ser uma língua de comunicação do futuro», como se vê por ser a quinta língua mais usada na internet e porque «vai ter um crescimento demográfico muito significativo».

«Hoje somos 260 milhões com o português como língua materna e no final do século serão 500 milhões. Isto significa que cada vez será mais relevante em todos os domínios: na ciência, na atividade económica e sempre, sempre, sempre na cultura», afirmou.

António Costa disse ainda que a sessão comemorativa se realizava no Museu do Teatro e da Dança «porque a língua serve para numerosas atividades» e, se se expressa através da literatura – «assinalar o centenário de José Saramago, único Prémio Nobel da Literatura, até agora, de língua portuguesa é uma forma de o traduzir» –, expressa-se também através do canto e da representação teatral.

«Este ano pudemos celebrar o momento em que o tempo de liberdade ultrapassou a duração do de ditadura e é por isso que estes países falam todos em liberdade. Há 49 anos Portugal e o Brasil viviam em ditadura e todos os outros povos estavam privados de liberdade pelo colonialismo. Agora todos podemos expressar-nos com uma língua livre e esta liberdade ajudará a enriquecer cada vez mais a nossa língua», concluiu.