O Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, destacou a importância da transformação do perfil produtivo da economia portuguesa, através do investimento na inovação e no desenvolvimento tecnológico. «Sem que as pequenas [empresas] sejam médias nós não vamos sair dos paradigmas habituais de crescimento».
Costa Silva afirmou que Portugal «não vai superar a questão do crescimento económico se não sair deste síndrome em que estamos do Portugal dos Pequeninos», numa audição conjunta das comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, no âmbito da apreciação na especialidade da proposta de
Orçamento do Estado para 2023.
O Ministro alertou ainda para que o ano de 2023 poderá ser «muito difícil» devido à provável recessão económica na Alemanha, apesar de «alguma resiliência na indústria e no sistema produtivo português».
António Costa Silva reiterou também o valor que a região Sines pode vir a ter em toda a cadeia de valor das baterias e lembrou os cerca de 1100 milhões de euros previstos no orçamento para a transição energética.
«O nosso recurso eólico offshore [no mar] tem uma potência muito atrativa»; é preciso «transformar isso em criação de riqueza e de energia no País e o País pode perfeitamente ser um polo de exportação de energia renováveis para o futuro», afirmou.
O Ministro destacou igualmente algumas medidas fiscais contempladas no Orçamento, como a eliminação do prazo para dedução dos prejuízos fiscais e a duplicação do valor que pode ser taxado a 17% no IRC.