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2022-12-19 às 16h55

Governo atribuiu 240 estatutos de investidor da diáspora

Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafofo, na abertura dos Encontros do Programa Nacional de Apoio ao Investimento da Diáspora, Fátima, 19 dezembro 2022 (foto: João Bica)
O Governo atribuiu 240 estatutos de investidor da diáspora, correspondentes a 118 projetos apoiados, com potencial de investimento superior a 111 milhões de euros.

Na sessão de abertura da edição de 2022 dos Encontros do Programa Nacional de Apoio ao Investimento da Diáspora, que decorreu em Fátima, o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafofo, disse que estes projetos incluem-se, «especialmente, nas áreas da agricultura, indústria alimentar, do imobiliário e turismo, dos serviços a empresas e tecnologias de informação, da comunicação e da eletrónica».

O Secretário de Estado lia a intervenção do Ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, que referia também que mais de metade destes projetos localizam-se no interior do País.

 «É nesta premissa que unimos esforços e nesse esforço conta-se também a criação de mais de duas centenas – 202 para ser exato - de gabinetes de apoio ao emigrante, tendo também sido criada a Rede de Apoio ao Investidor da Diáspora, envolvendo mais de 300 entidades», prosseguiu Paulo Cafofo.

O Secretário de Estado disse também que «os números demonstram que estamos a avançar, de forma sustentada, com oportunidades, mais emprego, mais riqueza, mais aproximação da diáspora a Portugal e mais coesão territorial». 

«Com esta fórmula, assume-se um olhar de claro reconhecimento, relevando as comunidades portuguesas enquanto ativo como potencial estratégico para o País», disse ainda.

Paulo Cafofo, o ministro elogiou também o trabalho da diáspora, reconhecendo nos emigrantes «verdadeiros embaixadores de Portugal», que prestigiam o País e «transportam para os quatro cantos da Terra uma ideia de Portugal que representa uma mais-valia muito significativa».

«Quando se fala de marca Portugal é impossível deixar de lembrar e reconhecer a forma como as nossas comunidades contribuem e valorizam essa imagem», acrescentou.

Programa visa a fixação de pessoas e empresas e o reforço da internacionalização

A Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, por sua vez, disse que este programa foi lançado com um «duplo objetivo»: contribuir para o regresso e fixação de pessoas e empresas e «reforçar a internacionalização» da economia, produtos e serviços portugueses através da diáspora.

«A ideia é estimular o investimento, a criação de emprego, levar a que os nossos emigrantes com a sua enorme experiência empresarial e os mais jovens, com as suas enormes qualificações», mesmo que não regressem, possam valorizar os territórios, declarou Ana Abrunhosa.

A Ministra referiu que «este programa é, também, o pretexto» para divulgar o que os emigrantes fazem, admitindo que «muitas vezes» não é dada a devida visibilidade.

«O objetivo desse estatuto é que quando criamos os apoios ao investimento da diáspora possamos fazer avisos e apoios dedicados ao investimento da diáspora», adiantou.

Segundo Ana Abrunhosa, «a ideia é apoiar o investimento, a contratação de trabalhadores e a criação do próprio negócio e incentivar aquilo que os empresários sabem fazer, investir, contratar, investigar, ajudar a fazer redes internacionais».

Os Encontros PNAID 2022 reuniram mais de 750 participantes de 35 países, quase 200 vindos do estrangeiro,  bem como mais de 100 oradores, para apresentar prioridades e oportunidades de investimento, encontrar parceiros e relação de negócios entre grandes investidores e pequenos produtores, aproximar empreendedores, investidores e instituições. Constituíram um impulso para a aceleração do investimento da diáspora em Portugal e da internacionalização através da diáspora.