O Fórum Social do Porto reconheceu o modelo social como uma vantagem a nível mundial e destacou — no âmbito do Ano Europeu das Competências — a forma como políticas sólidas em matéria de competências, educação e formação podem criar melhores empregos e uma integração mais rápida no mercado de trabalho, promover a inclusão social e, consequentemente, aumentar a resiliência e a competitividade da economia e da sociedade da União Europeia.
O evento, que durante dois dias juntou no Porto mais de 400 delegados de 30 países, reforçou ainda a importância de uma estratégia integrada de luta contra a pobreza, no quadro da questão multidimensional da exclusão social e do acesso a serviços essenciais para todas as pessoas, especialmente as crianças, em que se destaca a aplicação efetiva da Garantia Europeia para a Infância nos diversos países Europeus.
«Só existe prosperidade económica com uma forte dimensão social», referiu a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho. «Coletivamente, temos de ter capacidade de responder às emergências, às crises, mas estruturalmente nunca podemos abrandar no investimento social estrutural», acrescentou.
No final da conferência, foi assinada uma Carta Aberta por 37 líderes europeus, na qual são renovados os compromissos da Cimeira Social do Porto para 2030, prevendo a aceleração da meta para a garantia europeia para a infância, mas também nas dimensões das competências e das qualificações no mundo da dupla transição (digital e ambiental).
O Fórum Social do Porto é uma iniciativa bienal promovida pelo Governo português com o apoio da Comissão Europeia, em estreita cooperação com o Parlamento Europeu, e com a participação dos parceiros sociais e da sociedade civil, e marca o segundo aniversário da Cimeira Social do Porto.