«Os valores da paz e da democracia têm de ser defendidos e promovidos. Foi para isso que foi criado o
Conselho da Europa», lembrou o Primeiro-Ministro António Costa, acrescentando que «é preciso dar um novo vigor ao Conselho da Europa para seguir em frente com a sua missão».
O Primeiro-Ministro fez uma declaração à entrada para a cimeira de chefes de Estado e de Governo da organização, em Reiquiavique. Durante dois dias dirigentes dos 46 Estados-membros da organização vão tentar chegar a um compromisso político em torno de uma resolução de condenação da agressão russa à Ucrânia.
«Muitas pessoas pensaram que a democracia era um dado adquirido, mas hoje sabemos que os populismos desafiam as democracias», mas «mais do que nunca, é preciso reforçar a capacidade de afirmar o Estado de Direito para combater a corrupção, de termos uma fiscalidade internacional justa para lutar contra as desigualdades e para termos uma gestão integrada de grandes desafios como as transições climática e digital», disse.
António Costa acrescentou que «precisamos também, mais do que nunca, de uma plataforma onde todos os europeus possam falar e onde possamos afirmar claramente os valores do Direito Internacional, do direito à integridade territorial, do direito à independência».
«Espero que seja dado um apoio claro à Ucrânia e a condenação clara da Rússia para podermos promover a paz», afirmou, acrescentando acreditar que os Estados-membros do Conselho da Europa terão uma mensagem inequívoca «em defesa dos valores da paz e da democracia».
Esta é a primeira cimeira ao nível de Chefes de Estado e de Governo do Conselho da Europa desde a de Varsóvia, em 2005.