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2023-12-01 às 20h03

COP 28: Converter dívida pública em investimento verde beneficia "toda a humanidade"

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Aos 12 milhões de euros convertidos em investimento verde podem somar-se, no futuro, até 140 milhões.
Acordos assinados com Cabo Verde e São Tomé e Príncipe ajudam países a reagir aos impactos das alterações climáticas

"Se há algo que após a COP temos vindo a reconhecer é que o esforço de investimento é essencial nos países em desenvolvimento, aqueles que mais sofrem os impactos das alterações climáticas, menos contribuíram historicamente e que mais dificuldades têm em fazer os investimentos necessários", afirmou o Primeiro-Ministro, António Costa, no final da cerimónia de assinatura de dois acordos para a conversão de dívida de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe em financiamento climático.

O primeiro passo para a troca da dívida de Cabo Verde em investimento verde foi dado em janeiro. Aos 12 milhões de euros convertidos em investimento verde podem somar-se, no futuro, até 140 milhões, se se provar que este modelo funciona. 

"Não se trata de uma reestruturação de dívida, não se trata de Cabo Verde não cumprir com as suas obrigações. Trata-se de cumprir de forma inteligente", disse o Primeiro-Ministro

No caso de São Tomé e Príncipe, foi acordado um financiamento no valor de 3,5 milhões de euros para os próximos dois anos.

Este tipo de acordos é, de acordo com o Primeiro-Ministro, benéfico "para toda a humanidade".

Será suficiente?
Nesta edição da COP, que tem lugar no Dubai e dura até 12 de dezembro, Portugal tem pela primeira vez um pavilhão próprio – concretizando assim o compromisso assumido há cerca de um ano na COP 27 (que então se realizou em Sharm El-Sheikh, no Egipto). 

O programa do pavilhão pode ser consultado em www.portugalcop28.com.

O espaço vai receber mais de 40 iniciativas: workshops, apresentações, conferências e showcases. Por todo o pavilhão, entre os projetos e metas mais relevantes, há uma pergunta: "Is it enough?" (Será suficiente?). Uma questão a que o Primeiro-Ministro respondeu na inauguração do pavilhão: "Entendemos que temos de fazer mais e, por isso, temos vindo a aumentar as nossas metas, a nossa exigência e os desafios que colocamos para podermos ir mais rápido e podermos ir mais longe", disse António Costa.