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2022-10-03 às 16h14

Concurso para reabilitação do troço da Linha do Douro entre Pocinho e Barca d'Alva lançado no primeiro trimestre de 2023

Ministros das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, na apresentação dos estudos para reativação do troço ferroviário Pocinho-Barca d'Alva, Freixo de Espada à Cinta, 3 outubro 2020
O Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmou que, no primeiro trimestre de 2023, será lançado o concurso público para o projeto de reativação da Linha do Douro, entre o Pocinho e Barca d’Alva.

«Vamos até ao fim e vamos explorar até ao fim o potencial desta grande região, das mais bonitas do mundo, explorar e aproveitar sempre com grande respeito ambiental este nosso diamante e com isso beneficiar toda a nossa população», disse o Ministro.

Pedro Nuno Santos falava em Freixo de Espada à Cinta, após a apresentação dos estudos de viabilidade económica, técnica e ambiental da reativação de 28 quilómetros do troço entre Pocinho e Barca d’Alva da Linha Ferroviária do Douro, nos quais se conclui a viabilidade de projeto. No evento esteve também a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

O Ministro disse também que os estudos de viabilidade, os estudos prévios são o primeiro passo para «podermos avançar para este investimento».

Pedro Nuno Santos referiu ainda que «é muito claro que a Linha do Douro tem um potencial único no mundo» e que o mesmo «deve ser aproveitado em toda a sua plenitude e por isso nós queremos que o comboio chegue à fronteira».

A Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, por sua vez, disse que o estudo representa um passo importante na reativação do troço da linha férrea do Douro que liga o Pocinho à Barca d’Alva.

«Não é o início, não é o fim. Mas muitas das vezes estes momentos intermédios são muito mais importantes do que a celebração da obra» e hoje tivemos duas apresentações «resultaram de um compromisso que fizemos no passado, que foi constituir um grupo de trabalho para a elaboração de estudo», afirmou. 

 Viabilidade económica, financeira, técnica e ambiental

Ana Abrunhosa referiu ainda a viabilidade do projeto não só em termos económicos e financeiros como também técnicos e ambientais.

«Obviamente que temos muitos passos a dar pelo caminho. Tecnicamente pode até ser um caso de estudo. Estes estudos são imprescindíveis para nós termos sustentabilidade para se começar a trabalhar no projeto», frisou.

Segundo a Ministra, este investimento de 75 milhões de euros na reabilitação deste troço terá também benefícios muito superiores e que resultarão da atividade turística neste território.

«Esperamos que este projeto venha tornar mais sustentáveis as várias atividades [económicas e turísticas] e venha contribuir para a coesão territorial nestes territórios», acrescentou.

Benefícios totais do projeto serão de 84,2 milhões de euros

O estudo, hoje apresentado, aponta para uma estimativa global de custos na ordem dos 75 milhões de euros, dos quais 60 milhões de euros serão destinados à obra de reabilitação, 3,5 milhões de euros para projetos e 11,2 milhões de euros para fiscalização e estaleiro.

Revela ainda que os benefícios totais são de 84,2 milhões de euros e que o troço reaberto irá gerar importantes impactos no setor do turismo (hotelaria, restauração, transportes), permitindo mitigar a tendência de decréscimo da população residente.

22 municípios beneficiados

O projeto tem uma dimensão regional, com impactos económicos principalmente nos municípios diretamente servidos por este troço, designadamente, Figueira de Castelo Rodrigo, Vila Nova de Foz Côa, Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta, mas que se estendem a todo o território do Douro e a concelhos da região Centro. São 22 os municípios beneficiados.

A reabertura deste troço da Linha do Douro representa ainda uma redução do tempo de viagem em cerca de 30 minutos, quando comparado com a alternativa rodoviária existente.

Recorde-se que a Linha Ferroviária do Douro liga atualmente o Porto ao Pocinho (171,522 quilómetros), tendo sido desativado, em 1988, troço entre o Pocinho (Vila Nova de Foz Côa) e Barca d’Alva (Figueira de Castelo Rodrigo).