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2022-09-21 às 18h05

Comunidade internacional tem de manter os oceanos no centro da agenda

Primeiro-Ministro António Costa no Painel de Alto-Nível sobre uma Economia Azul Sustentável, Nova Iorque, 21 setembro 2022
O Primeiro-Ministro António Costa defendeu que a comunidade internacional não baixe o seu nível de ambição e garanta que 2023 e os anos seguintes continuem a ter o Oceano como peça central da agenda internacional, no Painel de Alto-Nível sobre uma Economia Azul Sustentável, em Nova Iorque.

Para isto, Portugal vai organizar uma segunda edição do Fórum de Investimento na Economia Azul Sustentável em 2023.

O Primeiro-Ministro considerou que Portugal está fortemente empenhado em continuar a fazê-lo: 
  • colocando a economia azul no centro da sua estratégia de desenvolvimento; 
  • aumentando o investimento em investigação para promover maior conhecimento dos mares e novas soluções tecnológicas que contribuam para combater as alterações climáticas, a perda de biodiversidade e a poluição; 
  • criando um ecossistema empreendedor e inovador, assente numa rede de infraestruturas, com acesso ao mar, navios e pessoal altamente qualificado –representando um investimento de 87 milhões de euros e prevendo duplicar o número de start-ups e projetos de economia azul até 2026; 
  • continuando a investir em energias renováveis oceânicas para atingir uma capacidade de 10 gigawatts até 2030.
No entanto, para António Costa, os Estados e o investimento público sozinhos não podem fazer todo o trabalho, pelo que soluções sustentáveis requerem apoio comprometido, global, público e privado. 

O setor privado e as instituições de beneficência são, assim, cruciais para garantir a transição para soluções descarbonizadas, despoluídas e protetoras da biodiversidade, disse.

Neste sentido, a comunidade internacional devem capitalizar a dinâmica criada no Fórum de Investimento na Economia Azul Sustentável que decorreu no Estoril, durante a Conferência dos Oceanos da ONU, que deixou claro que o apetite dos investidores pelo investimento azul está em alta, juntamente com a crescente disponibilidade das instituições financeiras para investir em soluções inovadoras e sustentáveis. Os compromissos anunciados no Estoril – mais de 10 mil milhões de euros – falam por si, acrescentou.

Precisamos de grupos financeiros e de grandes empresas para trabalhar com instituições globais para promover modelos de negócios que sejam sustentáveis e rentáveis, disse, acrescentando que Portugal também procurará criar este impulso organizando uma segunda edição do Fórum de Investimento na Economia Azul Sustentável em 2023.

O objetivo é manter a plataforma aberta, ligando investidores e potenciais beneficiários, permitindo que eles entendam como podem encontrar os financiamentos necessários.