O Ministro da Administração Interna recebeu a Comissária Europeia para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, a quem disse que as mudanças ao nível do sistema de segurança interna e na gestão integrada de fronteiras irão «robustecer a capacidade de acolhimento e integração» de migrantes que chegam ao país, proporcionando um maior respeito pelos direitos humanos destas pessoas.
«A Comissária Europeia tem a garantia de Portugal de que nós acompanhamos a Comissão Europeia nesse duplo objetivo: garantir a solidariedade àqueles que procuram a Europa, tratando de os acolher com respeito pelos direitos humanos e pelos direitos sociais fundamentais, ao mesmo tempo que reforçamos a gestão integrada de fronteiras», disse José Luís Carneiro, sublinhando que «a integração das competências do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras na PSP, GNR e PJ, além da criação da Agência para as Migrações e para o Asilo, «permite ir ao encontro dos objetivos das Nações Unidas e da União Europeia nestes domínios».
Na declaração conjunta após a reunião, a Comissária Europeia destacou as reformas que Portugal está a efetuar no âmbito da segurança, das fronteiras e das migrações, elogiando o «papel construtivo» do país sobre estes temas a nível europeu.
«Falámos hoje de reformas importantes que Portugal tem em curso no que toca a migrações, asilo, integração e proteção de fronteiras, mas também no que diz respeito à coordenação entre as diferentes forças policiais. Entendo que está muito ocupado com estas reformas, que representam sempre muitos desafios, mas penso que está a fazer grandes progressos e que está no caminho certo», disse a Comissária.
Ylva Johansson apontou o Ministro como «um dos melhores parceiros» no Conselho de Justiça e Assuntos Internos da União Europeia e sublinhou ainda a colaboração de Portugal.
«Temos trabalhado muito bem juntos no Conselho em tópicos importantes como segurança, migrações e proteção de fronteiras. Portugal tem desempenhado um papel bastante construtivo, especialmente graças ao seu empenho pessoal, que tem ajudado a uma atmosfera construtiva e onde temos feito progressos significativos no novo Pacto para as Migrações e Asilo», vincou.
«Temos de gerir juntamente com os nossos parceiros de países terceiros, em solidariedade para com as pessoas em situação vulnerável e a precisarem de proteção e com solidariedade entre os estados-membros. Esta é a atitude certa e estou agradecida a Portugal pelo papel importante e construtivo que tem tido», concluiu Ylva Johansson.