O Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, afirmou que o projeto da Bluepharma - que inaugurou hoje a primeira fábrica de medicamentos de formas orais sólidas potentes - vem diminuir dependência de países asiáticos.
«Este projeto vem permitir ter, nas fronteiras do continente europeu, as cadeias de produção de bens tão críticos como são os medicamentos. É absolutamente vital, porque as pandemias vão repetir-se, as crises vão repetir-se e, quanto mais resilientes forem os países, as economias, e planearmos o futuro, melhor vamos superar os desafios que teremos pela frente», disse António Costa Silva.
Durante a inauguração da unidade de produção da Bluepharma, em Coimbra, o Ministro referiu que a pandemia foi «um aviso significativo feito a toda a espécie humana» e que deixou também vincada a carência de Portugal em termos de produção de alguns medicamentos.
Durante a sua intervenção, António Costa Silva destacou a importância da Bluepharma, uma empresa que está a competir nos mercados internacionais, «em áreas de muita tecnologia e que exigem muita qualidade».
«Não vamos ter nenhuma ilusão: na indústria farmacêutica mundial só tem sucesso quem tem qualidade. Esta é uma empresa de qualidade, de excelência, que aposta nos recursos humanos, que qualifica as pessoas, que tem uma abordagem integrada em toda a cadeia», disse.
Para o Ministro é ainda necessário «ter bluepharmas em todos os setores» para que a economia portuguesa cresça significativamente.
«Se nós tivermos empresas que apostam na inovação, na qualidade, na excelência, nos seus recursos humanos, que saibam dentro dos mercados internacionais exatamente os segmentos em que é possível competir, tudo é possível», concluiu.
A Bluepharma inaugurou em Eiras, Coimbra, uma unidade de produção de formas orais sólidas potentes, nomeadamente na área da oncologia. A nova unidade representa um investimento que rondou os 30 milhões de euros, permite criar 100 postos de trabalho e produzir anualmente 300 milhões de unidades de medicamentos genéricos.
O grupo farmacêutico, constituído por 20 empresas, emprega mais de 750 trabalhadores. Em 2022 exportou cerca de 90% da sua produção, para mais de 100 empresas multinacionais em 40 países.