Conselho de Ministros aprovou novos descontos em várias autoestradas. Medida entra em vigor em janeiro de 2024
O Governo aprovou esta quinta-feira uma nova redução das portagens nas autoestradas do interior e do Algarve. A partir de janeiro de 2024 o desconto atual de 50% passa para 65%, face às tarifas base de 2011. Uma redução de 30% face aos preços atuais.
São seis as vias abrangidas por esta redução: a A22, no Algarve; a A23- IP e Beira Interior; a A24 - Interior Norte; a A25 - Beiras Litoral e Alta; A4 - Transmontana e Túnel do Marão; A13 e A13-1 Pinhal Interior.
Três exemplos do impacto desta medida:
- Um trabalhador que se desloque duas vezes por dia para o trabalho na A22, fazendo o percurso entre Portimão e Faro, paga atualmente no final do mês 154 euros. Com este novo regime passará a pagar 104 euros, uma redução de 50 euros. No final do ano terá poupado 600 euros com as suas deslocações.
- O mesmo trabalhador, na mesma utilização diária de ida e volta para o trabalho, mas já na A23, entre a Covilhã e Castelo Branco, paga atualmente no final do mês 112 euros. Com o novo regime passará a pagar 80 euros, menos 32 euros. No final do ano terá poupado 384 euros.
- Se o trabalhador fizer as mesmas duas deslocações diárias, mas agora na A25, entre Vouzela e a Guarda, paga atualmente 198 euros e passará a pagar 146 euros. São menos 52 euros, o que se traduz numa poupança anual de 624 euros.
Ficam abrangidos todos os veículos, de transportes de mercadorias e passageiros, que usufruem da redução de 65% no período diurno. Durante a noite a redução acumulada é de 70%.
A medida é particularmente relevante nas autoestradas Transmontana, Túnel do Marão e Pinhal Interior, dado que estas vias não beneficiavam da atual redução de 50%.
Esta decisão vem dar cumprimento ao programa do Governo, como sublinhou a ministra da Coesão Territorial, na conferência de imprensa do Conselho de Ministros, que contou também com a presença do ministro das Infraestruturas, João Galamba. "Tínhamos o compromisso de reduzir os custos de contexto no uso das autoestradas em territórios do interior e também na Via do Infante. Trata-se de uma questão de justiça territorial", referiu Ana Abrunhosa, destacando que se trata de territórios onde "não há vias de qualidade alternativas" e onde o transporte público coletivo é escasso.