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2023-10-18 às 13h50

António Costa. "Temos boas razões para estar confiantes no futuro"

Inauguração do Centro de Inovação do Instituto Superior Técnico

António Costa destacou esta quarta-feira (18 de outubro) o salto que o país deu em termos de qualificações, nas últimas duas décadas, afirmando que esta é a "mudança mais estrutural que aconteceu na sociedade portuguesa", que criou um capital humano "absolutamente extraordinário" que está agora a mudar a economia.


Num discurso na cerimónia de apresentação pública do Técnico Innovation Center - um novo espaço do Instituto Superior Técnico, dedicado à ciência, arquitetura, engenharia e tecnologia, e que agora nasce no que era a antiga estação da Carris do Arco Cego, em Lisboa - o primeiro-ministro sublinhou o "enorme potencial" deste novo centro de inovação, também uma prova do caminho que que o país tem percorrido ao longo dos últimos anos. 


Numa altura em que "temos muitos motivos para inquietação relativamente ao mundo onde vivemos",  no país, "se olharmos para os fundamentais temos boas razões para poder estar confiantes no futuro", afirmou António Costa. E, tendo como palco o Instituto Superior Técnico, apontou vários números que mostram um país diferente há duas décadas e no presente:


  • No ano 2000, o abandono escolar precoce em Portugal era de 44%, 22 anos depois  caiu para 6%;

  •  Em 2000 só 21% da população ativa portuguesa tinha concluído o Secundário, em 2022 a percentagem é de 60%, "quase três vezes mais";

  •  Em 2000 só 28% da população entre os 30 e os 34 anos tinha concluído a licenciatura, em 2022, 50% da população entre os 30 e os 34 anos tem uma licenciatura; 

  • Em 2000 concluíam anualmente o mestrado 2000 alunos, em 2022 foram 28 mil;

  • 500 alunos concluíram o doutoramento em 2000, em 2022 foram 2100. 


"Esta é uma mudança porventura impercetível, mas é a mudança mais estrutural que aconteceu na sociedade portuguesa e que nos permitiu vencer o mais profundo défice estrutural que o país tinha, o défice das qualificações", defendeu o líder do Executivo, sublinhando que "não há inovação sem haver qualificações".


Hoje temos "um capital humano absolutamente extraordinário que nos tem permitido fazer a diferença", disse ainda o primeiro-ministro. "Esta geração qualificada que permite a inovação das empresas está hoje no mercado de trabalho e está hoje a transformar as empresas", acrescentou, lembrando que o ano passado o país teve, pela primeira vez, 50% do seu PIB (Produto Interno Bruto) em exportações. 


Foi também esta evolução nas qualificações dos portugueses a permitir que o país tenha triplicado, desde 2000, a exportação de bens de média e alta intensidade tecnológica; que as exportações de serviços tecnológicos tenham multiplicado por 20; ou que a exportação de serviços de investigação e desenvolvimento tenha quadruplicado só nos últimos sete anos.


"É isto que nos permite dizer que a economia está mesmo a mudar", sublinhou o primeiro-ministro, destacando ainda o  papel do "programa mais inovador do nosso PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]" - as Agendas Mobilizadoras. São 53, protagonizadas por consórcios que reúnem empresas e centros de conhecimento e que projetam , a partir de 2026, "mais oito mil milhões de volume de negócio anual".