Saltar para conteúdo
Histórico XXIII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

Notícias

2023-02-03 às 16h40

«A população sente alívio quando sabe que quem lá vai são os portugueses»

Primeiro-Ministro António Costa e Ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, com a força nacional destacada na República Centro-Africana, Bangui, 3 fevereiro 2023
Primeiro-Ministro António Costa com o Presidente da República Centro-Africana, Faustin-Archange Touadéra, Bangui, 3 fevereiro 2023
«O grande teste é mesmo saber o que dizem as populações relativamente às tropas que estão cá», e «o que todos nos transmitiram é que, quando há algum problema, sente-se um alívio quando se sabe que quem lá vai são os portugueses».

O Primeiro-Ministro António Costa citava a Alta Representante do Secretário-Geral das Nações Unidas na República Centro-Africana, Valentine Sendanyoye Rugwabiza, em Bangui, a capital do país, num discurso aos militares da força nacional ali destacada.

António Costa sublinhou que «é sempre um motivo de grande orgulho para um primeiro-ministro chegar onde quer que seja, à Lituânia, à Roménia, ao Afeganistão, ao Iraque, à República Centro-Africana, e ouvir as autoridades locais ou as instituições multilaterais dizerem que estão muito agradecidas pelo que os portugueses fazem». 

«Aqui, quer o Presidente da República [Faustin-Archange Touadéra], quer a Alta Representante do Secretário-Geral das Nações Unidas» - com os quais se reuniu –, «elogiaram as forças portuguesas», acrescentou. 

António Costa, acompanhado pela Ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, visitou os militares portugueses que integram as missões internacionais na República Centro-Africana: a missão militar de treino da União Europeia, a missão civil de aconselhamento e monitorização da União Europeia, e a missão de estabilização das Nações Unidas (MINUSCA).

A força nacional destacada que se encontra no país, composta por 215 militares, na maioria tropas especiais paraquedistas do Exército, e incluindo também um elemento da Marinha e três da Força Aérea, é a 12.ª que desde 2017 presta ali serviço. 

No seu discurso, na base que ocupam, depois de um lanche e de um briefing sobre as condições logísticas da missão, afirmou que a missão militar portuguesa na República Centro Africana é um importante fator de credibilização das Forças Armadas portuguesas e de Portugal.  

«Esta missão portuguesa, que se iniciou em 2017, era nova no que respeita ao tipo das missões destacadas portuguesas. Mas tem sido, ao longo destes anos, um fator de credibilização e de prestígio das nossas Forças Armas», devido ao «grande apreço manifestado pelas autoridades locais, assim como pelas Nações Unidas». 

«Há, claramente, uma diferença que tem a ver com a competência das nossas Forças Armadas, com a formação que é ministrada, com o aprontamento que é feito, mas, também, com a forma como os portugueses assumem as missões que desempenham», disse. 

António Costa referiu que queria ter visitado o contingente português no Natal passado, mas que não foi possível. Contudo, «no final do ano, alteraram-se significativamente as condições de desempenho das Forças Armadas com a partida das tropas francesas». 

«Foi necessário que as Nações Unidas assumissem um novo papel no conjunto deste campo, garantindo as condições necessárias ao prosseguimento da missão e as relações com a República Centro-Africana. Felizmente, essas condições estão preenchidas», afirmou.