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2022-11-14 às 19h29

«A escolha das humanidades não precisa de justificação»

Ministro da Educação, João Costa, intervém na cerimónia de atribuição do Prémio Literário José Saramago 2022, Lisboa, 14 novembro 2022 (foto: Tiago Petinga/Lusa)
«A escolha das humanidades não precisa de justificação, da mesma maneira que a escolha pela poesia, pela literatura e pela arte não precisa de justificação», afirmou o Ministro da Educação, João Costa, na cerimónia de entrega do Prémio José Saramago, em Lisboa. «Elas são e, por serem, fazem-nos melhores», acrescentou.

O Ministro disse que o papel das artes e das humanidades é hoje tão importante como no passado: «Vivemos tempos estranhos, tempos de polarizações, de radicalismos e de discursos fáceis», e a história mostrou que «quem tem medo da democracia e da liberdade, tem medo dos escritores, dos poetas, da palavra e da arte».

Por isto, os escritores, os artistas e os humanistas são «garante da liberdade e da democracia». «Os populistas são aqueles que encontram respostas simples para problemas complexos. A literatura traz-nos a complexidade para aquilo que, à primeira vista, até parece simples», disse.

João Costa disse aos estudantes que «têm de ser os embaixadores da leitura, os guardiões da democracia e os promotores do conhecimento livre e dos direitos humanos».

«As grandes conquistas da humanidade não se fizeram com cálculos financeiros», pelo que «precisamos dos humanistas e de quem estude humanidades para não deixarmos o mundo nas mãos de quem para tudo faz contas e de quem para tudo desumaniza», acrescentou.

O Ministro da Educação esteve presente na cerimónia de entrega do Prémio José Saramago ao escritor brasileiro Rafael Galo, pelo romance «Dor fantasma», que será publicado em Portugal. O prémio foi instituído em 1999 com uma periodicidade bienal, mas não foi entregue em 2021 devido à pandemia, tendo sido adiado para 2022.

Tags: literatura
Áreas:
Educação