Há 30 anos, em 1992, havia cerca de 50 mil acidentes de viação com vítimas por ano em Portugal; hoje, esse número baixou para os atuais 30 mil. Nos anos 90 do século XX, morriam 2.500 pessoas por ano nas nossas estradas; hoje, morrem cerca de 400. Em 3 décadas passámos de mais de 6 mortes nas estradas por dia para cerca de uma.
Muito mudou neste período. Sem querer ser exaustivo numa lista de fatores que hoje discutirão certamente com mais detalhe, o forte investimento na modernização e manutenção da rede rodoviária permitiu criar condições para que fosse mais seguro circular nas estradas. A renovação do parque automóvel e a obrigatoriedade das inspeções periódicas garantiram veículos mais seguros. As campanhas de sensibilização, o sistema de pontos nas cartas de condução, os radares de velocidade, e um enquadramento contraordenacional mais robusto contribuíram para que as pessoas passassem a entender a condução de forma mais prudente. Esta foi uma transformação extraordinária, e mesmo assim, cada morte na estrada continua a ser uma tragédia desnecessária e os seus impactos sobre a vida das pessoas e das suas famílias são tantas vezes profundos e terríveis.
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