Neste ciclo de formação e nos seguintes, irão ver reforçadas a vossas habilitações com uma dimensão mais funcional ou operativa: irão revelar-vos um saber mais orientado para as finalidades do processo; para a solução do conflito e a superação das ruturas.
É importante que os que ingressam recebam treino sobre "como ser um magistrado", desde logo na perspetiva da ética e da deontologia, mas é, igualmente, importante que nesse treino, uma ênfase significativa deva ser colocada no comportamento judiciário, nas questões sociais e económicas mais presentes no coletivo nacional e numa metodologia formativa baseada no treino de competências, onde se incluem as competências para escutar a vida "lá fora", e de relacionamento interpessoal.
A formação deve fazer apreender o saber jurídico, mas sempre sem esquecer que o direito também é um fenómeno social que não se basta com a aplicação técnico burocrática, exigindo, também conhecimento sobre a realidade.
Por isso se deseja que esta seja, também, uma aprendizagem que nunca desvie os olhos das pessoas que, com a justiça, procurarão quotidianamente servir.
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