Intervenção da Ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, por ocasião do Dia do Exército

Gostaria de começar por deixar uma palavra de agradecimento e reconhecimento a todos os homens e mulheres, militares e civis, que servem Portugal no Exército. Sem deixar de enaltecer o trabalho ininterrupto que é diariamente desenvolvido em todo o território nacional, continente e ilhas, quero deixar um cumprimento especial aos que se encontram a cumprir missão além-fronteiras.

A história de Portugal e do Exército ainda é muito marcada pela guerra em África. Deixo aqui, por isso, uma palavra especial aos Antigos Combatentes que serviram o país nesse contexto operacional. Presto também sentida homenagem aos Combatentes que, ao serviço do Exército, nas Forças Armadas, deram a vida pelo país.

Agradeço ainda a generosa receção por parte da Câmara Municipal de Viana do Castelo, na pessoa do seu Presidente, Dr. Luís Nobre, pelo apoio concedido à organização destas comemorações, bem como a todas e todos os Vianenses aqui presentes, que se juntam a esta importante celebração. A presença militar em Viana do Castelo permanece viva. Viana do Castelo conhece muito bem o papel das Forças Armadas, e em particular do Exército. Esta proximidade reflete-se na toponímia desta cidade, que homenageia ilustres Vianenses associados à história do Exército como o Major José Xavier da Costa – heroico combatente da Batalha de La-Lys, da I Grande Guerra, e que mereceu os mais altos louvores e condecorações nacionais e estrangeiras.

O Exército acompanhou as grandes transformações do país e a definição do território nacional, renovando-se e modernizando-se progressivamente. Esta dinâmica resultou num Portugal com o qual as nossas populações e os nossos aliados e parceiros contam diariamente.

Importa, assim, reconhecer, em ocasiões como o dia do Exército, o seu importante papel enquanto motor destas transformações, ao serviço de Portugal e dos Portugueses. Esta celebração constitui uma oportunidade para renovarmos esse compromisso e honrarmos a nossa memória coletiva, enquanto projetamos o futuro.

Oficiais, sargentos, praças, e civis do Exército, 

As profundas transformações do ambiente geostratégico internacional, com impactos na nossa defesa e segurança, têm gerado um aumento considerável das solicitações para o emprego das Forças Armadas. Para além da guerra na Ucrânia, assistimos também ao agravamento da conflitualidade no Médio Oriente e a uma crescente instabilidade a Sul.

Nesse sentido, temos sempre pautado a nossa ação e presença internacional por uma abordagem de 360 graus à segurança. As nossas Forças Armadas são um instrumento da ação da política externa do Estado em quatro continentes, reforçando a imagem de Portugal no mundo.