1. Conselho de Ministros de 8 de fevereiro aprova duas Resoluções com medidas relacionadas 
com o combate à seca. 
2. Mobilizados 26,65 milhões de euros para medidas de eficiência e de aumento da 
disponibilidade de água no Algarve. 
3. 200 milhões de euros para medidas de apoio excecional aos agricultores. 
Na reunião do Conselho de Ministros de 8 de fevereiro foram aprovadas duas Resoluções 
com medidas relacionadas com o combate à seca. 
Na região do Algarve, os níveis de armazenamento de água nas albufeiras situam-se 
abaixo dos 50%. A falta de reposição durante os períodos húmidos tem gerado um 
défice contínuo. 
Também os níveis de armazenamento das águas subterrâneas encontram-se 
extremamente baixos, com, aproximadamente, 84% das massas de água subterrânea 
apresentando volume armazenado abaixo do percentil 20. 
A situação atual no Algarve obriga à aplicação de medidas e ações extraordinárias que 
promovam uma maior eficiência, poupança e racionalização das reservas de água 
(superficiais e subterrâneas). 
Assim, destacam-se as seguintes decisões, com efeito até 30 de setembro e após a 
publicação dos diplomas:
- Reconhecer a situação de alerta na região do Algarve, por motivo de seca; 
 
- Determinar a atribuição de apoios para medidas extraordinárias com uma 
dotação orçamental indicativa de 26,65 milhões de euros, distribuída da seguinte 
forma:
- Abastecimento público de água: 12,4 milhões de euros; 
 - Turismo: 10 milhões de euros; 
 - Agricultura: 0,35 milhões de euros; 
 - Gestão, monitorização e fiscalização dos recursos hídricos: 2,9 milhões de 
euros. 
 
 
- A dotação orçamental anterior respeita a investimentos relacionados com a 
captação do volume morto da barragem de Odelouca e do Arade, novas captações 
subterrâneas para abastecimento público, eficiência hídrica no setor do turismo 
e campanhas de sensibilização para a poupança de água. 
 
- Restringir o uso de água nos consumos urbanos e nos setores do turismo e da 
agricultura, de imediato, com a adoção das seguintes medidas:
- Reduzir a pressão de água na rede de abastecimento público; 
 -  Suspender a utilização de água pública ou potável na rega de espaços 
verdes, jardins públicos e privados, fontes ornamentais, lagos artificiais, 
lavagem de pavimentos, logradouros e viaturas e para compactação de 
vias rodoviárias;
 - Promover o uso de água para reutilização nos casos anteriores;
 -  Suspensão do fornecimento de água da rede pública através de 
contadores de usos de água que não geram águas residuais (vulgo 
"contadores de rega");
 -  Avaliação e, caso necessário, implementação de soluções 
complementares extraordinárias para transporte e disponibilização de 
água para abastecimento público, nomeadamente unidades móveis de 
dessalinização e transporte de água por diferentes vias;
 -  Revisão das tarifas de abastecimento de água em baixa, para utilizadores 
domésticos e não-domésticos, bem como para usos que não geram águas 
residuais, de acordo com as orientações da ERSAR;
 
 
- Determinar que cada utilizador municipal fica limitado ao valor correspondente 
a 85% do volume registado no período homólogo de 2023.
 
-  Prever um tarifário para os consumos que excedam o limite estipulado na 
medida anterior.
 
- Impor um conjunto de restrições ao uso de água nos consumos urbanos e nos 
setores do turismo e da agricultura. 
 
Leia o comunicado na íntegra no ficheiro em anexo.