1. Júri do concurso destaca a "solidez da sua proposta conceptual e programática".
2. Este é o segundo concurso concluído para as direções artísticas dos Teatros
Nacionais e da Companhia Nacional de Bailado em 2023.
Na sequência do concurso para o cargo de diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II, E.P.E.,
aberto a 19 de outubro, o júri designado indicou para a direção artística do TNDM II Pedro Penim,
para um mandato de quatro anos, com início a 1 de janeiro de 2024 e termo a 31 de dezembro de
2027.
A candidatura de Pedro Penim distinguiu-se, segundo o júri, "pela solidez da sua proposta
conceptual e programática, que, prevendo uma continuidade nos vetores de orientação do seu
primeiro mandato como Diretor Artístico do TNDM II, acrescenta densidade ao trabalho que vem
desenvolvendo, comprometido com a promoção da excelência artística, a diversidade estética, o
alargamento de públicos, a acessibilidade, a visibilização de grupos sub-representados e o
aprofundamento da coesão territorial pela cultura" (nota justificativa em anexo).
Constituído por Rui Catarino (presidente), Sofia Campos, Fátima Alçada, Gisela Casimiro e Serge
Rangoni, o júri evidenciou a "relevante experiência profissional de Pedro Penim em funções de
direção artística, conjugada com o seu notável percurso enquanto criador teatral e conhecimento
profundo do ecossistema cultural" como fatores importantes na decisão.
Das cinco candidaturas apresentadas, duas passaram à fase final, tendo as entrevistas ocorrido no
passado dia 5 de dezembro.
Este é o segundo concurso para as direções artísticas dos Teatros Nacionais em 2023, após o
concurso para a direção artística do Teatro Nacional de São Carlos, concluído em junho. No âmbito
da alteração legislativa aos estatutos do Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Nacional de São João e
estatutos do OPART, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 95/2023, de 17 de outubro, o concurso foi
instituído como o procedimento-regra para a designação dos diretores artísticos dos Teatros
Nacionais e da Companhia Nacional de Bailado.
Para o ministro da Cultura, a realização de procedimentos internacionais de seleção para escolher
as direções artísticas dos Teatros Nacionais e da Companhia Nacional de Bailado constitui uma boa
prática, fundamentada na separação entre as opções artísticas e as opções políticas dos Governos.
"É desejável que a política cultural seja protegida do gosto de quem, conjunturalmente, ocupa o
lugar de ministro. É por isso que é importante que os diretores artísticos sejam escolhidos em
concursos abertos e competitivos", declara Pedro Adão e Silva.
Nota curricular de Pedro Penim
Nascido em Lisboa em 1975, Pedro Penim é encenador, ator e dramaturgo. Licenciado em Teatro
pela Escola Superior de Teatro e Cinema e com um mestrado em Gestão Cultural pelo ISCTE, fundou
em 1995 o coletivo Teatro Praga, companhia emblemática da criação teatral portuguesa
contemporânea. Foi também fundador do espaço cultural Rua das Gaivotas6, em Lisboa, projeto
que acolhe criações de novos artistas. O trabalho de Pedro Penim – que se estende à programação,
à tradução, ao ensino e à atividade conferencista – foi já apresentado em diversos festivais e
temporadas por todo o território português bem como em diversos países da Europa, América do
Sul, Ásia e Médio Oriente.
Exerce as funções de Diretor Artístico do Teatro Nacional D. Maria II desde 2021, tendo sido
responsável, entre outros, pela programação da Odisseia Nacional, um projeto de coesão territorial
pela cultura em parceria com 93 municípios de Portugal Continental e Ilhas.