Na sequência das conclusões do Tribunal de Contas, relativas à auditoria às medidas conduzidas pelo então Ministério da Economia e Transição Digital, para fazer face ao impacto da pandemia na economia portuguesa, importa referir que o extraordinário grau de incerteza tornou difícil, à data, produzir previsões cientificamente fundamentadas. Acresce que a situação de emergência obrigou à tomada de decisões no imediato.
Neste sentido, os valores orçamentados para as medidas devem ser tomados como uma estimativa, muitas vezes desenvolvida sem o desejável conhecimento sobre as diferentes variáveis, apenas estimáveis com prazos que impediriam a tomada de decisão que se impunha.
Precisamente por reconhecer estas circunstâncias, o Governo teve a capacidade, flexibilidade e humildade de adaptar as medidas inicialmente pensadas, reforçando-as orçamentalmente, sempre que necessário e possível, e reconfigurando-as sempre que tal se revelou adequado a bem da economia portuguesa.