1. Medidas de avaliação de desempenho dos trabalhadores antecipadas para o ciclo de
avaliação de 2023/2024;
2. Medidas permitem ir além do Acordo de valorização dos trabalhadores da AP assinado em
outubro de 2022;
3. Novo SIADAP garante a todos os trabalhadores um desenvolvimento da carreira mais
rápido e atrativo.
A Ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e a Secretária de Estado da Administração
Pública, Inês Ramires, receberam hoje a FESAP, a Frente Comum e a Frente Sindical
coordenada pelo STE para a negociação suplementar e final relativa à revisão do sistema
integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública – SIADAP. Foi o
culminar de um processo de discussão e negociação que se iniciou em janeiro deste ano e
que vem concretizar aquela que é a primeira revisão do SIADAP desde 2007, introduzindo-se,
nesta etapa final, medidas que permitem ir além do Acordo de valorização dos trabalhadores
da Administração Pública assinado em outubro de 2022.
Com efeito, e fruto do diálogo próximo com as estruturas sindicais representativas dos
trabalhadores da Administração Pública, foi possível antecipar, já para o ciclo de avaliação de
2023/2024, os efeitos das medidas de avaliação de desempenho dos trabalhadores (SIADAP
3) que aceleram as progressões. Desta forma, aplicam-se já em 2023/2024, com efeitos em
2025, as medidas relativas ao alargamento das quotas com potencial de progressão mais
rápida na carreira (de 25% para 60%) — 30% podem ter 2 ou 3 pontos e outros 30% podem
ter 1,5 pontos —, e à introdução de uma nova menção de avaliação (menção qualitativa de Bom
e quantitativa, já mencionada, de 1,5) que, associada à redução do número de pontos
necessários para alteração de posicionamento remuneratório — que passam de 10 para 8 —,
confere uma maior celeridade no desenvolvimento das carreiras.
A conjugação destas medidas com aquelas já anteriormente apresentadas — entre as quais
se destacam a anualização do ciclo avaliativo; o reforço da capacitação dos trabalhadores
com a implementação de formação anual associada às competências; o reconhecimento de
excelência dos serviços; e a atribuição de prémios de desempenho para dirigentes superiores
e intermédios — contribuirá significativamente não só para a alteração da média do número
de anos necessários para a ocorrência de progressões na Administração Pública, como
também para aumentar o número trabalhadores que podem atingir o topo das carreiras ou
posições remuneratórias mais elevadas.
Relativamente, em concreto, à avaliação dos serviços, estabelece-se que 20% dos serviços
em cada área governativa podem ser reconhecidos como "Excelente" e definem-se
resultados a alcançar em alinhamento direto com os objetivos das unidades orgânicas e dos
trabalhadores no mesmo ciclo avaliativo.
Quando à avaliação de dirigentes, introduzem-se prémios de desempenho: no caso dos
dirigentes superiores em razão de reconhecimento de Excelência dos respetivos serviços, no
caso dos dirigentes intermédios em razão da avaliação obtida.
Ainda no âmbito da avaliação de excelência dos serviços, foi alcançado entendimento no
sentido de permitir que todos os trabalhadores no universo da Administração Central, no
seguimento do reconhecimento de excelência do serviço, possam ter avaliação quantitativa
de 1,5 ou superior [Hipótese: 50% Bom / 50% Muito Bom (15% Excelente)].
O Governo congratula-se com o resultado deste processo negocial, do qual resulta um
sistema de avaliação de desempenho que garante a todos os trabalhadores em funções
públicas um desenvolvimento da carreira mais rápido e atrativo.