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Histórico XXIII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

Comunicados

2023-09-29 às 17h46

Crescimentos de receita e despesa alinhados até agosto

1. O saldo orçamental ficou em 2.648 milhões de euros, alinhando com o valor do ano anterior.

2. O saldo ainda não reflete a totalidade do impacto das medidas adotadas em março de resposta ao choque geopolítico e de valorização intercalar de salários e pensões.

3. A receita das administrações públicas reflete a resiliência do mercado de trabalho, mas a despesa cresce a um ritmo superior ao da receita.

4. As medidas para responder ao choque geopolítico atingiram 1.878 milhões de euros, dos quais 829 milhões de euros em despesa.

Saldo orçamental ajustado fica em 2.648 milhões de euros

As Administrações Públicas registaram, na ótica da contabilidade pública, um saldo orçamental ajustado  de 2.648 milhões de euros até agosto, estando ao mesmo nível do período homólogo, com uma melhoria residual de 58 milhões de euros. 

Esta variação reflete, em termos homólogos:

  • Uma melhoria da receita efetiva de 6,5%, em termos ajustados1 – em grande parte fruto da resiliência do mercado de trabalho (+11,7% de IRS e 11,4% de Contribuições Sociais);
  • E um aumento da despesa efetiva de 6,7%, fortemente influenciado pelos seguintes fatores:
    • No sentido ascendente, pelas medidas de reforço de rendimentos anunciadas no início do ano (as valorizações remuneratórias na Administração Pública contribuem para o aumento de 7,6% das despesas com pessoal), pelas prestações sociais, bem como pelo reflexo da inflação nos contratos públicos; 
    • No sentido descendente, suplantado pelo anterior efeito, pela redução das despesas associadas à pandemia.

    O impacto das medidas associadas ao choque geopolítico ascendeu, até agosto, a 1.878 milhões de euros. Deste montante, 829 milhões de euros são medidas com impacto no lado da despesa, de onde se destaca o apoio a setores de produção agrícola (186 milhões de euros), o apoio extraordinário às famílias mais vulneráveis (263 milhões de euros) e o apoio extraordinário para crianças e jovens (149 milhões de euros).

    Receita fiscal e contributiva cresce 6,8%

    Até agosto, a receita fiscal aumentou 4,8%, significativamente influenciada pelo crescimento da receita de IRS (+11,7%). A receita contributiva continua a espelhar as boas dinâmicas verificadas no mercado de trabalho, aumentando 11,4% face ao mesmo período do ano anterior. Considerando as duas rúbricas, o crescimento foi de 6,8%.

    Despesa primária sem medidas extraordinárias cresce 8,8%

    Excluindo medidas extraordinárias (medidas Covid-19 e de mitigação de choque geopolítico), a despesa efetiva cresceu 8,5%, enquanto a despesa primária (excluindo juros) aumentou 8,8% em termos homólogos.

    O acréscimo na despesa até agosto face ao período homólogo continua a ser impulsionado pelos salários, aquisição de bens e serviços, investimento e prestações sociais:

    • As despesas com pessoal aumentaram 7,6%, refletindo as atualizações transversais remuneratórias dos trabalhadores das Administrações Públicas, o impacto do aumento da remuneração mínima mensal garantida e o aumento do subsídio de refeição. Neste âmbito, destaca-se o contributo dos salários do SNS (+ 11,2%) e da PSP e GNR (+8,6%);
    • A despesa com aquisição de bens e serviços aumentaram 4,7%. Excluindo o efeito base de medidas Covid-19 cresceu 13%, destacando-se a Segurança Interna (+20,8%), o Ensino Superior (+23,2%), e a Administração Local (+14,7%);
    • A despesa com investimento na Administração Central e Segurança Social cresceu 13,5%, excluindo PPP, influenciada pelo efeito base da execução em 2022 da Universalização da Escola Digital, sem o qual o acréscimo seria de 20,5%. Para esta subida concorreu o aumento do investimento na expansão do Metro do Porto (+160,7%), na expansão do Metropolitano de Lisboa (+100,8%) e na Ferrovia (+57,3%);
    Leia o comunicado na íntegra no ficheiro em anexo. 
    Áreas:
    Finanças