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2020-01-21 às 17h18

Transportes são bom exemplo para a descentralização

Primeiro-Ministro António Costa na assinatura do contrato para compra de 18 veículos para o Metro do Porto, 21 janeiro 2020 (Foto: Ferando Veludo/Lusa)
«A descentralização é mesmo o caminho que temos de percorrer. Claro que temos dificuldades, mas temos de ultrapassar as dificuldades, identificando e resolvendo os problemas. Foi assim que fizemos nos transportes; é assim que faremos nas outras áreas, de forma a, em conjunto, respondermos às necessidades da população e do País», disse o Primeiro-Ministro António Costa.

O Primeiro-Ministro, que intervinha na cerimónia de assinatura do contrato para aquisição de 18 novas viaturas para o Metro do Porto, disse que «o trabalho articulado entre a administração central, autarquias e áreas metropolitanas» tem «permitido construir este novo paradigma da mobilidade».

«A experiência tem demonstrado que a mobilidade é uma área onde cada vez mais é preciso haver um trabalho articulado entre administração central, autarquias e áreas metropolitanas», acrescentou. 

António Costa disse ainda que «essa tem sido a chave do sucesso dos processos de municipalização da STCP [Sociedade de Transportes Coletivos do Porto] ou da atribuição, à Área Metropolitana do Porto, das competências da autoridade metropolitana de transportes».

60 mil lugares diários

A Metro do Porto assinou o contrato para a aquisição de 18 viaturas com capacidade de 252 lugares, 64 dos quais sentados, que permitirão disponibilizar mais 60 mil lugares diários, segundo a empresa.

As 18 viaturas compradas à empresa chinesa CRC Tangsthan, por 49,6 milhões de euros, serão entregues entre 2021 e 2023, ao ritmo de um por mês. O investimento é financiado pelo Fundo Ambiental.

O aumento da procura de transportes públicos, gerado pelo Programa de Apoio à Redução Tarifária, que baixou os preços dos passes sociais de transporte em todo o País, traduziu-se, no Metro do Porto em seis milhões de passageiros.

Atualmente, a frota da Metro do Porto é constituída por 102 veículos: 72 do tipo Eurotram e 30 do tipo Tram-train. Com o investimento em 18 veículos CRRC, a frota do Metro do Porto passará a contar com 120 unidades.

Aumento das linhas

O Primeiro-Ministro afirmou também que, como «o prazo de entrega das propostas» para a construção da nova Linha Rosa e prolongamento da Linha Amarela termina a 18 de fevereiro, tem esperança de «adjudicar a obra a tempo de ela se iniciar neste semestre de 2020», se não houver muitos incidentes de contencioso entre concorrentes, no âmbito do concurso público.

Em abril de 2019, o Metro do Porto lançou concurso para novas linhas: a construção da linha Rosa, no Porto, e do prolongamento da linha Amarela até Vila d’Este, em Vila Nova de Gaia, um investimento total de 307 milhões de euros.

O prolongamento da Linha Amarela é a continuação entre Santo Ovídio e Vila d’Este, em Vila Nova de Gaia, ao passo que a Linha Rosa (circular) será entre os Aliados/Praça da Liberdade e a Casa da Música, no Porto.

As novas linhas do Metro do Porto acrescentarão seis quilómetros e 10 milhões de novos passageiros anuais à rede.

Investimento no transporte público

António Costa referiu também o «enorme consenso» existente atualmente sobre a ação para combater as alterações climáticas, agindo sobre a energia e a mobilidade, para o que o Governo definiu um «plano integrado de aposta no transporte público».

O Orçamento do Estado para 2020 prevê «um investimento total de 300 milhões de euros no transporte público», distribuído entre infraestruturas e aquisição de novos meios de transporte, disse ainda, na sessão em que esteve também presente o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes.

O Metro do Porto opera em sete concelhos com uma rede de seis linhas, 67 quilómetros e 82 estações, tendo sido utilizada por mais de 71 milhões de clientes em 2019.