O Primeiro-Ministro António Costa gravou uma mensagem às forças nacionais destacadas no mundo em missões diversas, na impossibilidade de se deslocar a três países onde elas servem a comunidade internacional e honram o nome de Portugal. A mensagem destina-se também a todos os militares.
António Costa afirmou que «neste final de um 2020 tão duro», pretendeu enviar «uma palavra especial a todos os militares, em particular aos que estão a desempenhar importantes ações de cooperação bilateral e multilateral no domínio da defesa, ou em missões e operações das Nações Unidas, da NATO e da União Europeia, um pouco por todo o mundo».
Todos estes homens e mulheres «representam Portugal de forma exemplar, e constituem, por isso, um motivo de justificado orgulho para todos os portugueses».
Estando em isolamento profilático devido a contacto com um portador de Covid-19, o Primeiro-Ministro não pode deslocar-se, como estava planeado, para se encontrar com as forças destacadas na República Centro Africana, no Mali e no NRP Zaire, em São Tomé e Príncipe.
«Este seria o terceiro ano consecutivo que visitaria as forças nacionais destacadas, precisamente para enaltecer e agradecer o relevante papel que desempenham», disse, lembrando que «no
ano passado estive convosco em Samos e no Iraque e
há dois anos em Cabul, no Afeganistão».
António Costa queria ter transmitido pessoalmente «o reconhecimento devido, não apenas em meu nome, mas também em nome do Governo e do povo português», por se «tratar de uma época especial do ano, em que as famílias sentem particularmente a distância dos seus familiares, mais ainda este ano tendo em conta o contexto de pandemia».
O Primeiro-Ministro quis também «homenagear todos os militares que, 24 horas sobre 24 horas, 365 dias por ano, protegem sem alardes a nossa tranquilidade, os nossos bens e as nossas vidas».
Fazem-no «no nosso país e fora dele, em missões de grande importância ao serviço da comunidade internacional, ao mesmo tempo servindo igualmente os interesses do país e fazendo um trabalho extraordinário de que todos os portugueses se orgulham», disse.
António Costa afirmou que a distância física de casa e das famílias «custa ainda mais nesta época festiva e num quadro de pandemia em que, apesar de já se começar a ver uma luz ao fundo do túnel, infelizmente ainda durante algum tempo não vamos poder baixar a guarda de maneira nenhuma».
Esta mensagem também é, «um muito sincero e justo agradecimento às famílias que de modo solidário e resiliente suportam a ausência e as saudades dos seus entes queridos, que, por motivos de serviço, têm de estar longe nesta altura do ano», disse ainda.