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Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

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2020-10-06 às 12h26

Portugal homenageia Amália Rodrigues no centenário do seu nascimento

Primeiro-Ministro, António Costa, no centenário do nascimento da fadista Amália Rodrigues no Panteão Nacional, Lisboa, 06 de outubro de 2020. (Foto: Tiago Petinga/LUSA)

O Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou que Amália Rodrigues deu «um contributo único para a universalidade do fado e para a valorização e expressão» da cultura portuguesa.

António Costa falava aos jornalistas após a homenagem à fadista portuguesa por ocasião do centenário do seu nascimento, que decorreu no Panteão Nacional, em Lisboa, e cujas comemorações se estendem até julho de 2021.

«O fado não é só a musica, não é só a letra. É sobretudo um sentimento que é expresso pelo interprete e é isso que permite que esta expressão musical seja compreendida e sentida, independentemente de se conhecer ou não  a nossa língua», disse o Primeiro-Ministro.

Antes, na sua intervenção, António Costa relembrou o dia em que o fado foi elevado a Património Imaterial da Humanidade, em Bali:

«Estávamos a encerrar a sessão - a votação do fado foi a última - muitos dos delegados já estavam de pé, o recinto era imenso e Amália, não estando lá fisicamente, emprestou a sua voz a uma gravação que, improvisadamente, encostámos a um microfone», referiu o Primeiro-Ministro, acrescentando que «os milhares de assistentes e delegados de todo o mundo - provavelmente sem perceberem uma única palavra de português - sentiram naquele som e naquela voz a razão pela qual o fado era património imaterial da humanidade».

António Costa disse também que é a «expressão de sentimento» do fado que lhe dá a sua universalidade:

«Ao ouvir o fado é seguramente a nós próprio que nos ouvimos e Lisboa, com os seus bairros os seus traços», bem como «a nossa história e a nossa cultura, mas é acima de tudo uma emoção», disse ainda.


Governo vai trazer para Portugal gravações de som inéditas de Amália Rodrigues

 

A Ministra da Cultura, por sua vez, afirmou que o Governo vai trazer para Portugal gravações de som de Amália Rodrigues que se encontram dispersas pelo mundo, parte das quais são inéditas ou desconhecidas.

Graça Fonseca disse também que «o objetivo é reunir e recuperar em Portugal o maior espólio possível de registos som da artista».

«Queremos salvaguardar para sempre esse valiosíssimo património sonoro de Amália Rodrigues, com a sua dimensão universal e ao mesmo tempo tão nossa», frisou a Ministra.