«Hoje curvamo-nos perante a memória de Amália Rodrigues, no ano em que celebramos o seu Centenário.
Quando, em 2011, a UNESCO integrou o Fado na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade, foi com a voz de Amália que o assinalámos e celebrámos, lá longe, em Bali.
Estávamos a encerrar a sessão. A votação do Fado foi a última. Muitos dos delegados já estavam de pé. O recinto era imenso. Não estando lá fisicamente, Amália fez se ouvir graças a uma gravação que, de forma improvisada, encostámos a um microfone. E, com a sua voz, desta forma tão distante transportada até Bali, sentaram-se de novo os milhares de assistentes e delegados de todo o mundo que, provavelmente, sem perceberem uma palavra de português, sentiram naquela sonoridade a razão pela qual o Fado era Património da Humanidade.»
Leia a intervenção na íntegra em anexo.