Durante a participação num webinar organizado pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) para debater o Plano de Recuperação e Resiliência, o Ministro destacou que este plano não pode substituir a ambição de duplicar a
participação portuguesa no programa Horizonte Europa.
«Os instrumentos incluídos no Plano de Recuperação e Resiliência têm de ser adicionais, complementares e não podem ser substituir outros instrumentos. O planeamento em curso tem a ver com este princípio e não com o de substituição dos instrumentos que estão consagrados no ensino superior», acrescentou.
O PRR tem três metas fulcrais: o aumento da participação dos jovens no ensino superior, a graduação da população e o aumento da investigação e desenvolvimento. «Focarmos nas metas da formação de jovens, da formação de adultos e de graduação da população, e de garantirmos a convergência europeia de podermos chegar a 2030 com 3% do PIB investido em I&D, implica sensivelmente continuar a aumentar o investimento público de forma a duplicarmos até 2030 a despesa pública e multiplicarmos por três vezes a despesa privada», disse.
Manuel Heitor referiu também ainda que com o pacote de cerca de 272 milhões de euros para o programa impulso jovem STEAM e impulso adulto, integrados no plano, se espera uma reflexão estratégica por parte das universidades e politécnicos.
«Espera-se um esforço grande de reflexão estratégica dentro de todas as universidades e politécnicos para concentrar os seus planos, com financiamento que pode ser para infraestruturas e equipamentos, mas também para a contratação de docentes ou estímulo à participação jovem», acrescentou.