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2021-04-14 às 11h51

Plano de Recuperação e Resiliência: 554 milhões de euros para o Metro de Lisboa

Primeiro-Ministro António Costa e Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes, na apresentação da expansão do Metro de Lisboa, Lisboa, 14 abril 2021
Primeiro-Ministro António Costa e Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes, na apresentação da expansão do Metro de Lisboa, Lisboa, 14 abril 2021
O Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, disse que 554 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência vão ser investidos no prolongamento da linha vermelha do Metro de Lisboa e na construção de uma linha entre Odivelas e o Infantado, em Loures.

O Ministro discursava na sessão de consignação da primeira obra do plano de expansão do Metropolitano de Lisboa que criará uma linha circular através da ligação entre as estações do Rato e do Cais do Sodré, com a construção de duas novas estações na Estrela e em Santos, representando um investimento de cerca de 210 milhões de euros, estimando-se a conclusão da obra em 2024.

«Estamos a falar de milhões de novos passageiros no metro, menos utilizadores de transporte individual na cidade e menos cinco mil toneladas de emissões de dióxido de carbono por ano», realçou Matos Fernandes na cerimónia presidida pelo Primeiro-Ministro António Costa.

A linha circular permitirá distribuir os passageiros das três principais interfaces de chegada a Lisboa por transporte público:
Cais do Sodré, o único ponto de entrada na rede do Metro para os passageiros que acedem pela Linha de Cascais ou da margem sul pela Transtejo-Soflusa;
Entrecampos, um acesso opcional à rede do Metro para os passageiros provenientes da Linha da Azambuja, de Sintra ou da margem sul pela Fertagus (acesso alternativo em Sete Rios e Areeiro, para todos, e Oriente pela Linha da Azambuja); e
Campo Grande, o maior terminal de autocarros suburbanos.

Duas novas linhas

«Quando surgiu a hipótese do Plano de Recuperação e Resiliência sabíamos bem onde investir», disse o Ministro, acrescentando que «serão 554 milhões de euros para construir duas linhas» do metropolitano de Lisboa. A primeira, o prolongamento da linha vermelha pelas Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara e aí ligando ao comboio».

A segunda linha será de metro ligeiro de superfície que ligará Odivelas ao Infantado, servindo o Hospital Beatriz Ângelo (Loures) e o Alto de Santo António dos Cavaleiros, colmatando «assim a ausência de um modo de transporte de elevada capacidade neste corredor de procura suburbana».

Estruturante na circulação em Lisboa

O Ministro afirmou que a criação de uma linha circular será «estruturante nas deslocações na capital» e, «sendo circular, é aquela que melhor serve a cidade», pois «flui no coração da cidade para depois se começar a expansão do metro em forma radial».

O investimento total previsto para esta fase de expansão do Metropolitano de Lisboa é de 210,2 milhões de euros, cofinanciados em 127,2 milhões de euros pelo Fundo Ambiental e em 83 milhões pelo Fundo de Coesão, através do Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR).

O projeto prevê a criação de um anel envolvente da zona central da cidade, com a abertura de duas novas estações (Estrela e Santos) e a ligação entre a estação do Cais do Sodré e a do Rato.

As obras de expansão do Metro de Lisboa incluem mais duas etapas: na segunda obra, será feita a ligação entre a nova estação de Santos e o final da atual estação do Cais do Sodré; na terceira, serão construídos os viadutos sobre a Rua Cipriano Dourado e sobre a Av. Padre Cruz, na zona do Campo Grande, prevendo a ampliação da estação do Campo Grande para nascente.