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2020-12-30 às 16h42

Pandemia tornou inadiável o investimento no Serviço Nacional de Saúde

Primeiro-Ministro António Costa e Ministra da Saúde, Marta Temido, inauguram a nova unidade de cuidados intensivos do Hospital Amadora-Sintra, 30 dezembro 2020 (foto José Sena Goulão/Lusa)
O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que o País tem de prosseguir o investimento no reforço da capacidade hospitalar, «designadamente em cuidados intensivos, porque esta já era uma necessidade do País antes da pandemia – quando ela começou, eramos o país da União Europeia que tinha menor número de camas de cuidados intensivos por habitante».

O Primeiro-Ministro, que regressou às atividades públicas após 14 dias de isolamento profilático determinado pelas autoridades de saúde, disse que «definimos como prioridade para 2021 atingir a média da União Europeia, não por causa do Covid, mas porque, quando o Covid passar, estas camas continuarão a ser necessárias», acrescentando que «a pandemia tornou inadiável o que já era necessário».

António Costa intervinha na inauguração da nova unidade de cuidados intensivos do Hospital Amadora-Sintra, onde também discursou a Ministra da Saúde, «que serve dois dos concelhos mais populosos do País», e que «vai ficar com o dobro da capacidade de camas de cuidados intensivos», ao abrigo do Programa de Estabilização Económica e Social.

Prosseguir o reforço do SNS

O Primeiro-Ministro referiu que «o orçamento do Serviço Nacional de Saúde para 2021 é de mais de 12 mil milhões de euros», devido a «um primeiro reforço no orçamento de 2020, um segundo reforço no Orçamento suplementar», e mais «um reforço de 1200 milhões de euros no orçamento para 2021».

«O que é acontece a tanto dinheiro é o que podemos ver aqui e podemos ver nos outros hospitais onde já fizemos o mesmo, nos hospitais em que as obras estão em curso, nos hospitais onde ainda vão ser lançadas», disse.

Todavia, «as necessidades não são só de cuidados intensivos e, por isso, a saúde terá de continuar a ser, por muitos anos, uma grande prioridade do País», quer no Orçamento de Estado, quer no Plano de Recuperação da União Europeia, no qual «o reforço do Serviço Nacional de Saúde é a primeira prioridade no combate às vulnerabilidades sociais».

Vacinação

António Costa disse que «o País tem vivido com emoção, entusiasmo e reforço de confiança o processo de vacinação», acrescentando que «só neste hospital, ontem e hoje, mais de 800 profissionais de saúde são vacinados».

Porém, «o processo de vacinação vai ser longo de vários meses», e «apesar de sabermos que há uma vacina, que somos capazes de a distribuir e aplicar, o Covid vai continuar», devendo continuar a ser aplicadas todas as regras de proteção.

António Costa agradeceu aos profissionais de saúde «tudo o que têm feito nas condições em que o têm feito», acrescentando que «os cidadãos sabem que podem contar com o SNS e que nele encontram os melhores profissionais».

O Primeiro-Ministro dirigiu ainda uma mensagem de solidariedade «aos 91 090 portugueses que estão em isolamento profilático, porque «sei que estes 14 dias parecem uma eternidade, parece que nunca mais acabam… mas acabam mesmo», disse, desejando a todos «que possam regressar à vida normal de boa saúde».