A percentagem de mulheres nos órgãos dirigentes superiores na Administração Pública tem estado a aumentar progressivamente nos últimos anos e já atingiu os 40% na Administração Central em 2019.
De acordo com os dados divulgados pelo gabinete da Ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, o valor evoluiu sete pontos percentuais desde 2015. No que diz respeito ao total da Administração Pública verificou-se uma subida dos 32 para os 38%.
A Administração Local também tem vindo a registar um aumento gradual e, depois de estar situado nos 23% em 2015, atingiu os 26% em 2019.
A representação equilibrada entre homens e mulheres nos cargos superiores da Administração Pública tem sido uma prioridade do Governo, que pretende também diminuir a disparidade salarial e desigualdade de género para cargos com a mesma função.
Os dados de final de 2019 revelavam uma diminuição do fosso salarial entre homens e mulheres mas as mulheres continuavam a ganhar menos 14,8% ou, em números absolutos, 149,7 euros do que os homens.
«No sentido de promover o combate eficaz às desigualdades remuneratórias entre mulheres e homens e de contribuir para um mercado mais justo e inclusivo entrou em vigor, no passado mês de fevereiro, a lei n.º 60 que cria, pela primeira vez, mecanismos de efetivação do princípio do salário igual para trabalho igual ou de igual valor e da proibição da discriminação salarial em razão do sexo», destacava a nota.