Macau continuará a ser uma ponte entre a China e os países lusófonos

No 20.º aniversário da entrega de Macau à China, o Primeiro-Ministro António Costa escreveu uma mensagem na qual sublinha o papel desta Região Administrativa Especial como «ponto de encontro entre vários mundos», nomeadamente «entre a China e o mundo de língua portuguesa». 

Referindo que Macau «é uma sociedade multicultural, onde convivem povos de diversas origens e culturas», e que essa «foi essa a principal característica na identidade do território durante os 450 anos em que manteve uma ligação privilegiada com Portugal», acrescenta que esta característica «se mantém bem viva» após a entrega do território à China.

A devolução de Macau, em 20 de dezembro de 1999 culminou «um processo que decorreu de forma muito construtiva e que constitui um marco histórico na consolidação da relação de amizade e de confiança entre os povos e Governos de Portugal e da China». 

«Portugal tem um posicionamento geoestratégico único», sendo «um ponto de entrada para o mercado de 500 milhões de consumidores da União Europeia» e mantendo «ligações privilegiadas com a América Latina e com África e uma forte proximidade com os restantes países de língua portuguesa». 

Nesta rede, «Macau continuará a desempenhar um papel de relevo enquanto ponte para promover as relações de amizade de longo prazo entre Portugal e a China e como plataforma para a cooperação económica, comercial e cultural com os países de língua portuguesa», escreveu António Costa.

O Primeiro-Ministro saudou os esforços do Governo do território para «generalizar o ensino da Língua Portuguesa na Região e a formação de quadros bilingues, bem como pela sua visão estratégica do valor da Língua Portuguesa no mundo, convergente com a de Portugal», pois «a formação em língua portuguesa em Macau é estratégica para Portugal e para a própria Região Administrativa Especial de Macau».