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Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

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2019-12-05 às 11h41

Fortes relações luso-americanas «vão continuar»

Ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Santos Silva, e da Defesa Nacional, Gomes Cravinho, com o Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, Lisboa, 5 dezembro 2019 (Foto: Rodrigo Antunes/Lusa)
O Primeiro-Ministro, António Costa, acompanhado pelo Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Santos Silva, e pelo Ministro da Defesa Nacional, recebeu o Secretário de Estado (Ministro dos Negócios Estrangeiros) norte-americano, Mike Pompeo, em Lisboa.

Os responsáveis pelos Negócios Estrangeiros e pela Defesa de Portugal e pelos Negócios Estrangeiros dos EUA reuniram-se posteriormente para discutirem as relações bilaterais e a situação internacional. 

No final, Santos Silva e Mike Pompeo deram uma conferência de imprensa conjunta, tendo o Ministro português referido que a reunião foi muito produtiva. Augusto Santos Silva destacou o trabalho «nas áreas vitais da Defesa» e que «estão no âmago das nossas relações bilaterais». 

As Lajes, «os novos projetos relacionados com a segurança das rotas marítima em África» e as «questões de relações internacionais, nas quais os dois países têm «posições convergentes» - como é o caso da Venezuela - foram outros dos assuntos abordados na reunião.
 
Países de língua portuguesa
 
O Ministro português referiu-se também à candidatura dos EUA a observador na Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa, afirmando que Portugal acolheu a notícia com muita satisfação.

«É uma iniciativa muito interessante», tendo já havido «uma aprovação preliminar por parte dos Embaixadores da CPLP e esperamos que, na próxima cimeira, os Estados Unidos sejam formalmente aprovados como o novo observador na nossa comunidade. É muito importante para nós», acrescentou.
 
Relações económicas «a crescer»
 
Numa altura em que as relações económicas entre Portugal e os Estados Unidos «estão a crescer e a desenvolver-se de uma forma muito significativa», o Ministro português referiu a importância de se aproveitarem «todas as oportunidades para melhorar esta cooperação», designadamente, ao nível da ciência, tecnologia, universidades e centros de investigação.  
 
Augusto Santos Silva destacou ainda «os interesses convergentes no âmbito da economia e da segurança nacionais relacionados «com as infraestruturas críticas, como portos, telecomunicações e redes de telecomunicações».
 
Segurança das redes 5G
 
Relativamente ao lançamento das redes de comunicação 5G e às questões de segurança que estas levantam, o Ministro afirmou que o Portugal está a trabalhar em conjunto com a União Europeia «para avaliar de uma forma muito significativa todos os riscos e todas as vulnerabilidades relacionadas com o lançamento das redes de 5G». 
 
«Respeitamos todos os resultados dessas avaliações para garantir que a transição digital da nossa economia possa ir de mãos dadas com o fortalecimento da nossa segurança nacional e do trabalho com os nossos aliados», concluiu.
 
Portugal tem «um papel muito influente no mundo»
 
O Secretário de Estados dos EUA afirmou que os encontros em Lisboa «fortaleceram as relações entre os Estado Unidos e Portugal», acrescentando que «temos de garantir que os Estados Unidos vão ser um forte aliado de Portugal».

O Secretário de Estado destacou ainda que há mais de 1,4 milhões de americanos com raízes portugueses.

Mike Pompeo afirmou igualmente que Portugal tem atualmente «um papel muito influente no mundo» e é, também, «um grande parceiro e aliado dos Estados Unidos da América».
 
NATO 
 
Acerca da NATO, cuja cimeira decorreu em Londres, o Secretário de Estado referiu que os Estados Unidos apreciam muito o esforço que Portugal está a fazer para atingir os 2% de PIB em despesa com a Defesa, bem como o empenhamento português em operações de manutenção ou imposição da paz em vários países.

O apoio de Portugal a Juan Guaidó, na questão da Venezuela, foi também destacado por Mike Pompeo.
 
«As nossas relações estão muito fortes e vão continuar», pelo que continuaremos «a trabalhar arduamente no futuro», concluiu.