O Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes afirmou que a economia verde vai ser essencial para orientar a retoma pós-crise «porque respeita os recursos, porque é mais transparente, porque é socialmente mais justa, porque é mais mão-de-obra intensiva».
Na
intervenção final durante a audição da Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, o Ministro destacou que este é o modelo que o Governo quer adotar para cumprir a visão e missão que tem para o futuro.
«A nossa visão é criar riqueza e bem-estar para a sociedade a partir de projetos de investimento que beneficiem a redução de emissões, promovam a transição energética, a mobilidade sustentável, a circularidade da economia e a adaptação e a valorização do território», afirmou.
Matos Fernandes acrescentou a prioridade de «garantir que os temas ambientais são comummente aceites como aqueles que melhor podem contribuir para a recuperação da economia e para o combate à pobreza, no curto prazo, e, em simultâneo, construir uma sociedade mais justa e um território mais sustentável, no longo prazo».
O Governo estabeleceu dez objetivos que permitem concretizar a missão, que vão das fileiras de produção, distribuição e consumo, à valorização da biodiversidade, recursos naturais e geológicos e transportes, «com uma forte componente de investimento público e também com a participação de investimento privado».
«Queremos mobilizar 4,5 mil milhões de euros para investimentos que apostam na sustentabilidade, que asseguram uma sociedade mais equilibrada e mais justa», disse.
O Ministro destacou ainda seis desafios societários que serão fundamentais para o futuro: a descarbonização da economia; o uso eficiente de recursos, apostando na economia circular; a resiliência das infraestruturas; a modernização e transformação digital de setores económicos estratégicos; a preservação da biodiversidade e eliminação da poluição; e a valorização do capital natural.