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2021-06-16 às 14h56

Comissão Europeia aprova Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal

Conferência de imprensa após a aprovação do Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal
Primeiro-Ministro António Costa durante a conferência de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, após a aprovação do Plano de Recuperação e Resiliência português, Lisboa, 16 junho 2021 (Foto: Tiago Petinga/Lusa)
O Primeiro-Ministro António Costa e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, assinalaram a aprovação do Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal, o primeiro de um Estado-membro a receber luz verde.

«Hoje é o dia em que a esperança se converte em confiança, na certeza de que vai ser possível lançar, de forma ambiciosa e robusta, a recuperação económica da União Europeia», afirmou António Costa durante a conferência de imprensa conjunta com Ursula von der Leyen no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.

António Costa destacou a forma como «a Europa soube colocar a recuperação em marcha» e sublinhou o cumprimento do mote da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia de ser «tempo de agir por uma recuperação justa, verde e digital».

«Agora é tempo de agir internamente para a concretização deste plano, assegurando não apenas a recuperação, mas sobretudo a transformação do nosso País, aumentando o potencial de crescimento, eliminando barreiras ao progresso, garantindo uma economia mais competitiva, empresas mais produtivas, mais e melhor emprego, digno e com direitos», referiu António Costa.

O Primeiro-Ministro realçou que este é um plano «ambicioso e transformador, com impacto duradouro e significativo na economia, no tecido social e ao longo de todo o território e na vida dos portugueses». «É um plano que não só responde à dor da crise como permite ir mais rápido e mais além na convergência com a União Europeia», acrescentou.

«É sobretudo um plano para mudar a vida do dia-a-dia dos portugueses, com um Serviço Nacional de Saúde mais forte, com habitação mais acessível, com menos desigualdades e com maior qualidade de vida para os nossos idosos», afirmou.

António Costa realçou ainda a «aposta estratégica nas florestas e no mar, assumindo a ação climática e a transição digital como motores do desenvolvimento» para ajudar a construir um País «mais resiliente e com os olhos postos nas futuras gerações».

«Começamos hoje a construir o nosso futuro»

O Primeiro-Ministro reiterou a importância deste plano para a construção de um futuro melhor para as novas gerações: «Começamos hoje a construir o nosso futuro. E a escola Ciência Viva é um símbolo da visão estratégica, com a aposta no conhecimento como base de um País mais inovador, mais próspero e mais justo».

Com base neste objetivo, Portugal tem dois objetivos quantificados em mente: «Das 11 escolas Ciência Viva, queremos aumentar para 20. E dos 237 clubes de Ciência Viva, vamos acrescentar mais 650. Queremos construir uma nova geração, mais motivada para a ciência, comprometida com o conhecimento, mais criativa, mais inovadora e capaz de impulsionar um País cada vez mais próspero».

António Costa salientou a necessidade de uma mobilização transversal em Portugal, desde as Regiões Autónomas aos cidadãos, passando pelas autarquias locais, o setor social, o sistema científico e tecnológico e as empresas.

«O trabalho árduo começa verdadeiramente agora. O plano é exigente e não tem sistema de execução idêntico ao tradicional nos fundos comunitários. Este plano não é um cheque em branco. Este plano é um compromisso que tem metas, objetivos e calendários. Sabemos que temos de cumprir essas metas, esses objetivos, mas para nós essa não é uma dificuldade, é motivação acrescida para cumprir o que acordámos hoje com a Comissão Europeia», disse.

O Primeiro-Ministro afirmou ainda que ter sido o primeiro Estado-membro a ter o Plano de Recuperação e Resiliência aprovado «é uma honra e uma enorme responsabilidade». «Por isso, depois de termos sido os primeiros, queremos ser também os melhores na materialização plena, construindo um futuro robusto, verde, digital, que não deixe ninguém para trás e que esteja focado nas próximas gerações», resumiu.