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2021-02-04 às 16h22

Começa vacinação das forças de segurança, armadas e de trabalhadores de serviços essenciais

Vacinação das forças de segurança, armadas e de trabalhadores essenciais
Primeiro-Ministro António Costa e Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, no começo da vacinação das forças de segurança e armadas, Hospital Prisão de Caxias, Oeiras 4 fevereiro 2021 (foto: João Bica)
O Primeiro-Ministro António Costa e a Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, acompanharam, durante alguns minutos, o processo de vacinação de guardas e funcionários dos Estabelecimentos Prisionais, no âmbito da primeira fase do Plano de Vacinação contra a Covid-19, no Hospital Prisão de Caxias, em Oeiras.

O Primeiro-Ministro deu «uma palavra de louvor à forma como os serviços prisionais têm sabido gerir estabelecimentos tão críticos, numa fase tão difícil como é a da pandemia», «e uma palavra a todos os profissionais de saúde dos serviços prisionais, que têm acorrido, um pouco por todo o País, aos surtos que ocorrem, aos doentes que aparecem, e, agora, ao esforço da vacinação».

«Na primeira parte da primeira fase, o foco esteve centrado nos profissionais de saúde, nos utentes dos lares e nos que trabalham nos lares», referiu, acrescentando que «iniciámos esta semana a segunda parte da primeira fase, dirigindo-nos agora a todos com mais de 50 anos que têm um conjunto de doenças associadas e a toda a população com mais de 80 anos, e também a todos os que asseguram serviços essenciais ao País, designadamente os que trabalham nas forças e serviços de segurança».

António Costa afirmou que «aqui, a prioridade foi dada ao corpo da guarda prisional e aos funcionários civis dos estabelecimentos prisionais, tendo em conta o risco elevado que constituem para si próprios, mas também para os que aqui estão internados, o facto de prestarem serviço em zonas de trabalho confinado, com uma população reclusa, onde o risco de contaminação é extremamente elevado».

Reclusos serão vacinados posteriormente

«Naturalmente, os reclusos, que são cidadãos como todos os outros, têm também o direito a serem vacinados e sê-lo-ão no momento próprio», disse.

O Primeiro-Ministro disse que «queria assinalar, neste momento em que já estão a ser vacinados elementos do corpo de guardas prisionais, o processo que decorrerá nas próximas semanas, abrangendo forças armadas, forças de segurança, bombeiros e outros profissionais de serviços essenciais».

«É uma nova fase nesta longa maratona que temos pela frente e para a qual há duas condições essenciais: uma, que a indústria continue a disponibilizar o número de vacinas contratadas, e outra, continuar a contar com a colaboração inexcedível dos profissionais de saúde nesta nova frente, pois, para além de continuarem a tratar os doentes, também têm de vacinar aqueles que queremos prevenir que venham a ficar doentes», disse

António Costa conclui deixando uma «palavra de louvor e incentivo aos profissionais dos serviços prisionais, e a confiança de que, cada um à sua vez, todos seremos vacinados e conseguiremos, assim, erradicar esta pandemia».

Sistema prisional respondeu bem à pandemia

A Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, destacou o trabalho dos responsáveis e da pequena equipa de profissionais de saúde que trabalha no Hospital Prisão de Caxias, referindo que «montaram enfermarias e criaram espaços em todos os» estabelecimentos prisionais «do País onde se tornou necessário para que as pessoas infetadas com Covid-19 pudessem ser tratadas».

«O sistema prisional respondeu bem à pandemia», disse, acrescentando que «a resposta se baseou numa grande organização interna e numa enorme dedicação dos seus trabalhadores».

Francisca Van Dunem disse ainda que «o processo de vacinação marcará um momento de viragem e de maior esperança, de que seja possível a população prisional, os guardas prisionais e os trabalhadores civis estarem mais protegidos».