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2021-02-01 às 19h06

340 mil portugueses já receberam vacina contra a Covid-19

Ministra da Saúde, Marta Temido, faz o ponto de situação da vacinação contra a Covid-19, Lisboa, 1 fevereiro 2021 (foto: António Cotrim/Lusa)
A Ministra da Saúde, Marta Temido, fez o ponto semanal de situação da evolução do plano de vacinação contra a Covid-19, após a reunião de informação com a task force do plano.

Portugal recebeu hoje 86 580 de vacinas das Pfizer/Biontec, totalizando cerca de 483 mil doses deste consórcio, e 19 200 da Moderna, das quais 10 200 eram para ter sido entregues na semana passada, mas foram recebidas ontem, disse a Ministra, acrescentando que «estão previstas em fevereiro duas entregas da Moderna e três da Pfizer».

Das vacinas 86 500 doses hoje recebidas, «23 400 foram enviadas para as regiões autónomas dos Açores e Madeira, sendo 11700 para cada região».

«Aguarda-se, com expectativa, a entrega de dois lotes da recém aprovada vacina da AstraZeneca», disse a Ministra, acrescentando que as entregas previstas para 9 e 19 de fevereiro totalizam 200 mil vacinas, de um total de 6,8 milhões de doses contratualizadas.

A Ministra referiu também que a Agência Europeia do Medicamento aprovou «a autorização condicional para introdução no mercado para a vacina da Astra-Zeneca, e Portugal tem a expetativa de receber dois lotes, em 9 e 19 de fevereiro, de cerca de 200 mil vacinas, de um total de 6,8 milhões de doses contratualizadas».

340 mil vacinados

Marta Temido afirmou que «já foram realizadas 340 mil inoculações, sendo 270 mil de primeiras doses e 70 mil de segundas doses».

Foram inoculados profissionais de saúde do Serviço Nacional de Saúde e dos setores social e privado, profissionais e residentes em estruturas residenciais para idosos, para pessoas com deficiência e da rede nacional de cuidados continuados integrados, e centros de diálise.

Vacinação em lares

«Está concluída a vacinação da primeira dose em lares e afins, exceto nos onde há surtos ativos. Para esta semana, o plano inclui a vacinação nos lares onde os surtos foram extintos», disse.

Simultaneamente, «vai continuar a vacinação de profissionais de saúde prioritários dos setores privado e social e ainda alguns do setor público». 

Está também «em curso a vacinação de pessoas com mais de 80 anos sem comorbilidades e a vacinação das pessoas entre 50 e 80 anos com uma das quatro comorbilidades identificadas como de especial risco de internamento ou óbito», «um universo de 900 mil pessoas, que serão contactadas para vacinação».

Vão também ser administradas as segundas doses aos profissionais de saúde que já passaram o tempo adequado, o mesmo acontecendo nos lares e afins, disse a Ministra.

Processo de convocação

O presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, Luís Goes Pinheiro, apresentou a forma como as pessoas serão convocadas para a vacinação, sublinhando que este «é um processo novo e complexo, que está a ser testado», começando as primeiras inoculações por esta via no dia 3.

O principal meio vai ser a convocatória por um sms com informação de que está com agendamento para ser vacinado no dia tal, às tantas horas, em tal parte, pedindo que a resposta seja sim ou não. 

Se a pessoa responder não ou não responder no prazo dado, sairá um novo sms com uma nova proposta de data. Se a resposta for não ou não houver resposta à segunda mensagem, será tratado como rejeição.

Este utente será passado para o contro de saúde que, ou repetirá o envio de sms ou a contactará de outra forma, sendo a última possibilidade o envio de carta.

Na véspera do dia agendado, o utente receberá um novo sms a lembrá-lo, para reduzir o absentismo.

Se houver desdobramento da vacinação para locais que não as unidades de saúde, sairá outro sms com a morada.

A segunda dose será agendada quando da toma da primeira, estando em desenvolvimento uma solução que permite o agendamento imediato, mas a comunicação posterior ao utente.

A Ministra da Saúde referiu-se ainda aos episódios de desrespeito pelo plano de vacinação, condenando estes casos e sublinhando que «este é um processo de interesse coletivo que não pode sofrer fragilidades».