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2019-09-14 às 20h30

Balanço Faunos: 44 patrulhas vigiam 46000 km por semana

Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, e Ministro da Agricultura, Capoulas Santos, no balanço do Faunos, Minde, 14 setembro 2019
Os ministros da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capulas Santos, visitaram uma patrulha no terreno na Serra de Santo António, freguesia de Minde.

Durante a visita participaram numa sessão de apresentação dos resultados da colaboração entre as Forças Armadas e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Os dois ministros fizeram um balanço positivo do programa conjunto de vigilância preventiva de incêndios Faunos, salientando a «redução sistemática, ano após ano, do número de ignições» nas áreas protegidas.

Capoulas Santos destacou o contributo do programa - que coloca patrulhas no terreno - para a redução do número de ignições nas áreas protegidas e para uma atuação «no primeiro momento, impedindo que o incêndio atinja proporções que depois é mais difícil controlar», tornando mais eficaz o sistema de combate.

João Gomes Cravinho, por sua vez, referiu a «impressão muito positiva» que existe até ao momento da «colaboração profícua» entre as Forças Armadas e o ICNF, acrescentando que a visibilidade do patrulhamento - que é feito pelos militares - tem um efeito dissuasor para quem tenha intenções de pôr fogo, por saber que «há possibilidade de isso ser registado».

Utilização de veículos aéreos não tripulados
 
Para o Ministro da Defesa Nacional, o novo protocolo, que irá vigorar a partir de 2020, terá que ter «em conta as lições aprendidas nestes últimos três anos e também as possibilidades novas» que estão a ser identificadas, nomeadamente quanto à utilização de veículos aéreos não tripulados.

O drone que tem vindo a ser utilizado a partir da Lousã, atuando num raio de 60 quilómetros, tem permitido disponibilizar, à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, imagens que estão a ser recolhidas todos os dias.

João Gomes Cravinho disse ainda que, a partir de 2020, este será um meio utilizado «de forma mais sistemática», por ser «extremamente útil para apoio à decisão, por exemplo de envio de meios aéreos ou de bombeiros para um local onde haja uma ignição».

Ação concertada

Capoulas Santos salientou também o papel das patrulhas militares no terreno e da vigilância aérea e a importância do conhecimento do ICNF que faculta as cartas florestais das áreas protegidas, bem como o esforço de articulação e as mudanças feitas na sua área governativa, como a nova lei orgânica do ICNF, da Proteção Civil e a criação da Agência de Fogos Rurais, que faz a interligação e a coordenação entre as várias áreas.

«Esta ação concertada está a traduzir-se em bons resultados. A prevenção é uma peça fundamental», disse, sublinhando o esforço financeiro «sem precedentes, da ordem dos 130 milhões de euros», só na área da Agricultura.~

Números do Programa «Faunos»

O Faunos promove ações de vigilância preventiva através do patrulhamento de áreas identificadas. Conta com financiamento das Forças Armadas e com um «reforço extraordinário» proveniente do Fundo Florestal Permanente.

No âmbito do programa (além do drone da responsabilidade da Força Aérea), 22 áreas (3,5 milhões de hectares) estão a ser patrulhadas por elementos do Exército e da Marinha, num total de 44 patrulhas diárias - 12 da Marinha e 32 do Exército, que envolvem 132 militares em 115 percursos, numa extensão total de 3.800 quilómetros. As patrulhas registam uma média semanal de 46000 km.