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2018-05-16 às 13h27

«Abrir o conhecimento a todos e densificar o conhecimento»

Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, no Dia Nacional dos Cientistas, Leiria, 16 maio 2018 (Foto: Paulo Cunha/Lusa)
O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior afirmou que o Governo tem o objetivo de «abrir o conhecimento a todos e densificar o conhecimento» através do despacho que decretou a redução de 1100 vagas no acesso a instituições do ensino superior de Lisboa e do Porto.
 
No Dia Nacional dos Cientistas, em Leiria, o Ministro destacou que o despacho que foi feito «para tentar garantir que mais estudantes sejam distribuídos por todo o País é um pequeno passo».
 
A escolha de Leiria como local para a realização do evento do Dia Nacional dos Cientistas é também ela uma forma de perceber como se pode «densificar o conhecimento, sabendo o papel crítico que os principais centros urbanos, nomeadamente Lisboa e Porto, desempenham».
 
«A especialização destes centros de conhecimento depende também de um processo cada vez mais desafiante, mas necessário, de abrir o conhecimento e de densificar o território com mais conhecimento», acrescentou.
 
«A ciência como campo de batalha»
 
O Ministro recordou ainda a expressão do antigo ministro da Ciência, José Mariano Gago, que considerava que a ciência é um campo de batalha: «A ideia de desafiarmos todos a perceber que o conhecimento é para todos e que no avanço do conhecimento só alguns conseguem contribuir para ele, mas em que todos participam, é considerar, cada vez mais, a ciência como um campo de batalha».
 
«É perceber a necessidade daquilo que há 20 anos se falava que era a densificação do conhecimento», acrescentou Manuel Heitor. A noção de campo de batalha implica abrir o conhecimento, qualificando-o e diversificando-o, mas também promover a especialização e a interação.
 
Para conseguir este objetivo, o Ministro realçou que é necessária uma «diversificação dos processos de ensino e de aprendizagem», que «tem de ser feita com especialização» e que «requer a interação entre as várias disciplinas, que nunca irão desaparecer mas que têm de criar mais pontes entre elas». «Tudo isto implica investigar mais», disse.
 
Manuel Heitor sublinhou também que o «simbolismo do Dia Nacional dos Cientistas é mostrar que este é um esforço coletivo, um esforço para todos qual seja a posição: temporariamente na vida política, diariamente nos laboratórios, nas escolas, em casa, com as famílias, a fazer arte, indústria ou a fazer-se cerâmica».