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2017-06-01 às 20h34

Saúde e Educação vão promover iniciativa conjunta para reduzir o número de crianças não vacinadas

Os Ministros da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, referiram que vai haver uma cooperação entre ambos os Ministérios com o objetivo de reduzir o número de crianças não vacinadas em Portugal.

Nessa iniciativa, as escolas assinalam as crianças que não estão vacinadas e as entidades de saúde fazem a sensibilização dos pais dessas crianças para a necessidade de adotarem o comportamento contrário, isto é, vacinarem as crianças.

«O dispositivo que foi trabalhado em conjunto irá a Conselho de Ministros ainda em junho, a aplicação está em testes, e - até ao início do ano letivo – dia 8 de setembro, tudo estará testado, operacionalizado e a funcionar», afirmou o Ministro da Saúde.

Estas declarações foram feitas num debate que assinalou o Dia Mundial da Criança, em Lisboa, e no qual participou também o Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.

Sensibilizar para a vacinação

Adalberto Campos Fernandes elogiou o sistema de vacinação português, referindo que «a cooperação entre os dois Ministérios vai reforçá-lo e tornar ainda mais residual o número de crianças não vacinadas».

«As escolas vão servir como sinalizadores, uma vez que têm acesso às famílias, e depois - em articulação com o Ministério da Saúde - o Ministério da Educação fará o se trabalho», disse Tiago Brandão Rodrigues.

No novo sistema, as escolas avisam as entidades de saúde sobre as crianças que não estão vacinadas e os profissionais de saúde atuam junto dessas famílias, sensibilizando-as para a vacinação.

Boletim de saúde eletrónico

É pressuposto para o funcionamento deste sistema «as escolas passarem a ter a acesso - com autorização dos pais, naturalmente - ao boletim de saúde eletrónico e ficarem a saber se está totalmente preenchido», referiu o Ministro da Saúde.

Adalberto Campos Fernandes disse ainda: «Muito simplesmente, sem violação da privacidade, as escolas passarão a ter um alerta, se a criança tem vacina em falta, e a escola fica com indicação para avisar o centro de saúde, que faz o seu trabalho».

«Tudo será feito de forma eletrónica e em tempo real, e a Direção Geral da Saúde saberá o que se passa em cada freguesia, através do registo central de vacinas eletrónico e o boletim de saúde eletrónico», acrescentou o Ministro da Saúde.

Sucesso do Programa Nacional de Vacinação

Adalberto Campos Fernandes afirmou também que «os pais das crianças devem ser responsabilizados de forma moral e social se optarem pela não vacinação dos filhos, mas não há razão nenhuma para se introduzirem medidas de natureza restritiva ou punitiva, que seriam manifestamente excessivas nestes casos».

«O País tem tido um sucesso muito grande no programa de vacinação nas últimas décadas, com taxas de cobertura elevadas», concluiu.