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Notícias

2025-12-15 às 18h49

Aprovado programa Floresta Azul para Restauro de Pradarias Marinhas

O Governo decidiu lançar o programa Floresta Azul, dedicado ao restauro ecológico das pradarias marinhas, reconhecendo o seu elevado valor ambiental e a necessidade de responder às ameaças que colocam em risco estes ecossistemas. 

O programa, coordenado pelo Ministério do Ambiente e Energia em articulação com o Ministério da Agricultura e Mar, está alinhado com as prioridades nacionais de restauro da natureza e com os compromissos ambientais de Portugal.

O Floresta Azul prevê cinco linhas de atuação: 

a) Mapeamento de áreas de distribuição de pradarias marinhas; 

b) Intervenções físicas de restauro ecológico, incluindo ações de plantação; 

c) Criação de áreas de viveiros; 

d) Ações de educação ambiental e de sensibilização das comunidades locais; 

e) Quantificar o potencial de sequestro de carbono visando a comercialização de créditos no âmbito do Mercado Voluntário de Carbono.

Para a Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho: "o Programa Floresta Azul é uma afirmação clara da prioridade que o Governo atribui à proteção e ao restauro dos ecossistemas marinhos. As pradarias marinhas são fundamentais para a biodiversidade, para a captura de carbono azul e para a resiliência da nossa costa. É por isso que decidimos financiar, através do Fundo Ambiental, projetos de restauro nos próximos dois anos".

Para o Ministro da Agricultura e Mar, José Manuel Fernandes: "O Programa Floresta Azul é um contributo determinante para a concretização do modelo de economia azul sustentável patente na Estratégia Nacional para o Mar 2021-2030, nomeadamente no que se refere ao incremento da produtividade dos ecossistemas marinhos. Tal se traduz em benefícios diretos para os setores das pescas e outras atividades económicas ligadas ao mar, assim como para a sustentabilidade das comunidades costeiras."

O programa Floresta Azul - Restauro Ecológico de Pradarias Marinhas funcionará com base em contratos-programa a serem estabelecidos entre a Agência para o Clima, que gere o Fundo Ambiental, o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, a Agência Portuguesa do Ambiente, a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, e um conjunto de entidades que atuam ao nível da conservação e restauro de pradarias marinhas, incluindo centros de investigação e associações de defesa do ambiente.

As pradarias marinhas são ecossistemas de elevada relevância ecológica, desempenham funções essenciais de sequestro de carbono azul, manutenção da biodiversidade marinha, estabilização sedimentar e proteção da zona costeira.