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2025-02-27 às 18h20

Visita do Presidente Emmanuel Macron dá um novo ímpeto às relações bilaterais

Primeiro-Ministro Luís Montenegro recebe o Presidente da República francesa, Emmanuel Macron, Lisboa, 27 fevereiro 2025 (foto: Diana Quintela)
A visita de Estado do Presidente francês, Emmanuel Macron, a Portugal nasceu da vontade de ambos em dar um novo ímpeto às relações bilaterais, afirmou o Primeiro-Ministro Luís Montenegro na cerimónia de transmissão da organização da conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos de Portugal, onde decorreu em 2022, para França, onde decorrerá este ano.

O Primeiro-Ministro, que discursava nesta cerimónia, em Lisboa, afirmou que «a visita será marcada por um momento alto, a assinatura de um Tratado de Amizade e Cooperação, um instrumento determinante para o fortalecimento das relações bilaterais entre Portugal e a França nos próximos anos», que será assinado – juntamente com nove acordos em diversas áreas –, no segundo dia da visita de Estado, no Porto.

«Temos trocas comerciais muito fortes, temos pontos de vista estratégicos para o desenvolvimento das nossas economias muito convergentes, temos empresas portuguesas com papéis importantes em França e temos empresas francesas com relevantes serviços a desenvolver em Portugal», disse.

Luís Montenegro congratulou o Presidente Emmanuel Macron «pela sua postura e pelo trabalho que tem evidenciado para, no contexto internacional, dar passos positivos para que possamos ter um processo de paz na Ucrânia, com a Ucrânia e com a Europa».

Oceanos

Entre os acordos que serão assinados inclui-se uma Declaração Conjunta sobre o Oceano, que cimentará o compromisso partilhado entre os dois países para com a proteção mundial dos oceanos. «Será mais um compromisso no qual vamos partilhar o nosso propósito de proteger e aproveitar o recurso que o oceano nos propicia e cuja responsabilidade temos todos diante de nós».

O desenvolvimento de uma economia azul sustentável é uma prioridade partilhada por Portugal e pela França, pois os oceanos e a economia azul desempenham um papel na resposta aos principais desafios da União Europeia: a competitividade, a coesão e a transição verde, digital e energética, mas também na resposta aos desafios de segurança e na diversificação das parcerias comerciais.

Luís Montenegro disse que «não esquecemos as nossas responsabilidades com as alterações climáticas, com a sustentabilidade global, mas também com o aprofundamento das oportunidades que os oceanos, a biodiversidade marítima e marinha oferecem», referindo as oportunidades económicas que oferecem

«Sabemos que quando falamos em alocar recursos financeiros e conhecimento, não estamos a falar de despesa, estamos a falar de investimento. Não apenas na perspetiva da valorização do recurso, não apenas da valorização da sustentabilidade ambiental, mas também efetivamente do retorno financeiro, do retorno económico», afirmou.

E sublinhou que a vocação universalista de Portugal «é uma forma de promoção do multilateralismo que hoje está ameaçado».

Na sessão estiveram presentes os Ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, da Defesa Nacional, Nuno Melo, da Economia, Pedro Reis, e do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.