Primeiro-Ministro visita militares destacados na Roménia em operação da NATO

O Primeiro-Ministro Luís Montenegro visitou os 241 militares portugueses destacados na Roménia que integram a missão da NATO de proteção do flanco sul, acompanhado pelo Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo. A Força Nacional Destacada partiu para a Roménia em 15 de abril de 2022, menos de três meses após a invasão russa da Ucrânia.

«A nossa presença aqui hoje, minha e do Senhor Ministro da Defesa Nacional, expressa o nosso sentido de relação próxima e o nosso apreço pela representação que fazem do interesse de todos», disse Luís Montenegro, sobretudo num momento em que «é ainda mais duro estar longe das famílias e amigos».

O Primeiro-Ministro referiu que «não bastam palavras de conforto aos militares» e o Governo, «em pouco mais de oito meses, já tomou várias decisões que valorizam, qualificam a condição militar», «dentro daquilo que está ao nosso alcance». 

O Governo tem também «alinhado com as chefias militares um conjunto de investimentos» para valorizar a capacidade tecnológica e de equipamento das Forças Armadas, tanto mais que, como país fundador da NATO, Portugal tem «responsabilidade acrescida» nos mecanismos de defesa e de segurança da Aliança Atlântica.

A Força Nacional Destacada na Roménia – país que faz fronteira com a Ucrânia - é composta por uma Companhia de Atiradores Mecanizada e uma Força de Operações Especiais, englobando militares dos três ramos das Forças Armadas. Está localizada na base militar de Caracal e tem sido substituída por unidades semelhantes a períodos regulares.

Portugal integra, desde 2022, a missão de vigilância reforçada da NATO, que tem por objetivo mostrar a coesão e determinação dos membros da Aliança Atlântica e aumentar a prontidão da sua resposta, reforçando a capacidade de dissuasão na frente leste.

No âmbito do sistema de defesa da NATO na Europa, Portugal tem outras forças destacadas na Eslováquia (no Grupo Multinacional de Combate), e na Lituânia (operação de policiamento aéreo avançado), bem como forças no Oceano Atlântico e no Mar Báltico e no Mar Mediterrâneo, representando quase mil militares, seis dezenas de veículos de combate, sete aviões de combate e três navios de guerra.

O Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, quando visitou a força em outubro sublinhou que «o estado de prontidão, o nível de preparação e os equipamentos desta força destacada demonstram bem que não estão aqui apenas para treinar. Estão aqui para atuar, se as circunstâncias assim o exigirem, e em defesa de um bem maior».

Acompanharam ainda o Primeiro-Ministro o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), general Nunes da Fonseca, e o Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Mendes Ferrão.