Saltar para conteúdo
Histórico XXIV Governo Constitucional Voltar para Governo em funções

Notícias

2024-05-15 às 12h51

Portugal não cultiva o ressentimento para com as ex-colónias

Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, na Assembleia da República (foto: José Sena Goulão/Lusa)
Paulo Rangel afirmou que Portugal «lutará sempre pela isenção, imparcialidade e verdade histórica»


«O Governo português, os Governos portugueses, não cultivam nem instigam o ressentimento. Cultivam o respeito mútuo e a reconciliação com a História, onde ela se imponha e justifique», afirmou o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, acrescentando que «Portugal não tem medo da sua história. Lutará sempre pela isenção, imparcialidade e verdade histórica».

O Ministro disse que «são muitos os que querem que essas reparações se baseiem no ressentimento», mas o Governo português não promoverá «qualquer processo ou programa de ações específicas com o propósito de reparar outros Estados pelo passado colonial português», embora «onde seja justo um pedido de desculpas», o fará.

Paulo Rangel disse também que os Ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Educação, Ciência e Inovação estão a «desenvolver esforços para criar nas faculdades de letras portuguesas programas de investigação, cursos e até cátedras de tétum, crioulo, línguas timorense, cabo-verdiana, guineense e são-tomense».

«Estas línguas são um tesouro cultural da nossa história comum, têm uma enorme influência da língua portuguesa que está por investigar, por estudar e por divulgar. É este o sinal que queremos deixar aos portugueses, à Assembleia da República e aos povos irmãos falantes de português», disse ainda.

O Ministro referiu que a cooperação de Portugal com os países africanos e asiáticos lusófonos ascende a 1 200 milhões de euros, em áreas como educação, saúde, cultura, infraestruturas, defesa e língua. «Não deixaremos que possa ser prejudicada por os que não querem uma relação sã, justa e orientada para o futuro», sublinhou.

O Ministro intervinha no debate parlamentar, pedido pelo partido Chega, sobre «reparação histórica das ex-províncias ultramarinas».