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2024-04-11 às 20h55

Ministra da Juventude e Modernização destaca «aposta clara» para reter os jovens em Portugal

Ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, no debate parlamentar sobre o Programa do Governo. Lisboa, 12 de abril de 2024. (Foto: Lusa/António Cotrim)

A ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, destacou hoje a aposta «clara deste Governo em reter a geração mais qualificada de sempre no seu país»: «Mostrar-lhes que precisamos do seu talento para tornar Portugal um país mais rico, mais justo, mais próspero e com oportunidades para todos». 


Um propósito para o qual o «Estado deve dar o exemplo» e, como sinal disso mesmo, «é preciso criar uma taxa máxima de 15% de IRS para jovens até aos 35 anos». Por outro lado, «sem casa não há emancipação possível», pelo que são necessárias "medidas também urgentes que tenham impacto real na vida das pessoas. Queremos, por isso, eliminar o IMT e o imposto de selo na compra de casa própria e permanente por jovens até aos 35 anos».


«Mas não basta», prosseguiu a ministra da Juventude e Modernização, que falava no debate parlamentar sobre o Programa do Governo, na Assembleia da República. «Quem está em início de vida, sem poupanças e muitas vezes com baixos salários e vínculos precários, não tem hipótese de comprar casa porque lhe falta o chamado valor do sinal. Este é um obstáculo que queremos remover, criando uma garantia pública para o financiamento bancário da totalidade do preço da casa", referiu, apontando outras medidas para facilitar o acesso à habitação: "Precisamos também de um mercado de arrendamento mais ágil, de um programa Porta 65 que chegue a mais jovens. A habitação é hoje uma das grandes dores de cabeça de quem se quer autonomizar o Governo está profundamente empenhado em resolver o problema". 


Margarida Balseiro Lopes sublinhou também que o país tem que criar condições para quem quer constituir família, pelo que «devemos garantir o acesso universal e gratuito à rede de creches e pré-escolar, contando com a capacidade do setor público, dos privados e do setor social».


Também sobre os mais jovens, a ministra alertou que a falta de alojamento estudantil ameaça a democratização do ensino. «A falta de camas em residências é um drama para milhares de famílias e põe em causa a mais elementar igualdade de oportunidades», disse Margarida Balseiro Lopes, antes de acrescentar que «precisamos de encontrar soluções já, no imediato, contando para isso com as autarquias, o setor social e privado».


Para atingir estes objetivos, o Governo quer dialogar com todos: «Estamos abertos e disponíveis para receber o contributo e dialogar com todos os partidos, com a sociedade civil e, em especial, com os mais jovens».