Foi assinado hoje, em Tondela, na presença do Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, e do Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, o auto de consignação da Empreitada IP3 Santa Comba Dão-Viseu.
O melhoramento do IP3 entre Viseu e Coimbra, em perfil de autoestrada, incluindo a duplicação da via entre Santa Comba Dão e Viseu, obra agora consignada pela Infraestruturas de Portugal, S.A. à Ferrovial é uma antiga aspiração das populações e dos utilizadores desta estrada que regista um nível de sinistralidade elevado, seja em número de acidentes, seja em vítimas mortais a lamentar.
O IP3, em particular no troço Coimbra-Viseu, corresponde a um corredor de elevada procura com níveis de tráfego muito intenso, agravado pela orografia e pela elevada percentagem de veículos pesados que ali transitam.
A intensidade de tráfego prejudica o nível de serviço, resultando, em alguns troços, em tempos de percurso com atraso superior a 80% e com velocidade média inferior a 60 km/hora.
Assim, o objetivo da intervenção é aumentar a capacidade e melhorar o traçado deste troço, e a segurança rodoviária, permitindo que a via passe a ter perfil de autoestrada em grande parte do percurso e também vias de aceleração e abrandamento regulamentares nos nós de ligação.
Ao mesmo tempo, pretende-se reduzir o tempo de viagem entre Coimbra e Viseu, de 65 para 43 minutos.
A obra de duplicação entre Santa Comba e Viseu - que integra o conjunto de intervenções rodoviárias prioritárias contemplado na Resolução do Conselho de Ministros 69/2025 de 20 de março - foi adjudicada por 103 milhões de euros à Ferrovial, com um prazo de execução de 870 dias.
A Infraestruturas de Portugal, S.A. deverá apresentar até final de junho de 2025 o cronograma de ações, concursos e obras necessárias para garantir uma ligação rodoviária em traçado duplo (quatro vias) entre Souselas e Santa Comba Dão.
A Resolução do Conselho de Ministros, recorde-se, instrui a Infraestruturas de Portugal, S. A. para que proceda ao desenvolvimento das ações necessárias à concretização de um conjunto de projetos de infraestruturas rodoviárias – cerca de 30 vias rodoviárias são definidas como prioritárias.
O desígnio é promover o reforço da coesão territorial e a promoção de igualdade de oportunidades entre todos os cidadãos, independentemente do local onde vivam, condição para a qual em muito contribuem as vias de comunicação em geral, e a rodovia em particular.
Entre os objetivos a alcançar, está a complementaridade da rede rodoviária com os grandes projetos em desenvolvimento, tais como o novo Aeroporto de Lisboa ou novos eixos ferroviários; reforçar as ligações por autoestradas, sobretudo nas zonas do interior, ligações transfronteiriças, reduzindo a sinistralidade e tempos deslocação, resolver estrangulamentos de mobilidade urbana, sustentabilidade ambiental; avaliar a materialização dos principais eixos rodoviários em modelo de Parceria Público-Privada.