O Governo apresentou às autarquias da região de Lisboa as linhas gerais do projeto Parques Cidades do Tejo, que prevê a construção de mais de 26 mil novas habitações, a criação de 200 mil postos de trabalho e uma profunda transformação urbana em vários concelhos das duas margens do rio Tejo.
A iniciativa, liderada pelo Primeiro-Ministro Luís Montenegro e pelo Ministério das Infraestruturas e Habitação, foi apresentada numa reunião com 19 autarcas da Grande Lisboa, incluindo o município de Benavente, por ser território de implantação do futuro Aeroporto de Lisboa, também abrangido pelo plano.
Um projeto integrado e transformador
O Parques Cidades do Tejo abrange uma área de intervenção urbanística de 4 500 hectares — equivalente a 55 vezes a Parque Expo — e integra espaços habitacionais, zonas de lazer, centros de investigação e equipamentos culturais.
Entre os destaques estão a futura Ópera Tejo, um novo Centro de Congressos Internacional, a Cidade Aeroportuária e infraestruturas de grande escala como a Terceira Travessia do Tejo (TTT) e o túnel Algés-Trafaria.
Será criada a Sociedade Parque Cidades do Tejo, S.A., uma entidade 100% pública com uma dotação inicial de 26,5 milhões de euros, gerida em modelo paritário entre o Estado e os municípios envolvidos.
Mobilidade e desenvolvimento económico
O plano prevê ainda investimentos em mobilidade sustentável, com 30 km de novas linhas de Metro em Lisboa (35 estações), a extensão do Metro Sul do Tejo, novas ligações intermodais (LIOS Oriental e SATUO), além dos projetos em curso da Linha de Alta Velocidade Lisboa-Madrid e da Transtejo Soflusa.
Estima-se um investimento global de 9 886 milhões de euros em transportes e mobilidade.
Em termos de planeamento urbano, o projeto contempla:
- 1 100 000 m² destinados a equipamentos públicos;
- 2 500 000 m² para atividades económicas;
- Aumento da quota de transporte público de 24% para 35%;
- Requalificação de terrenos públicos como a antiga Margueira, Baía do Tejo e o Ocean Campus.
Com este plano, o Governo pretende criar um novo eixo metropolitano sustentável, coeso e moderno, reforçando a atratividade da região e promovendo o acesso à habitação, à mobilidade e à inovação.
Esta notícia foi preparada anteriormente, mas, devido às restrições impostas durante o período eleitoral, não foi publicada na data prevista.