O Primeiro-Ministro Luís Montenegro presidiu à apresentação do pavilhão de Portugal na Exposição Universal de 2025, em Osaka, Japão, que decorrerá entre 13 de abril e 13 de outubro. O tema da presença portuguesa é «Oceano: Diálogo Azul», e vai ter uma exposição permanente sobre o mar do futuro.
Luís Montenegro lembrou que «Portugal é dos países que, ao nível das Nações Unidas, mais se tem envolvido e comprometido» com a preservação e conhecimento dos oceanos, «uma direção que agora está cada vez mais firme em muitos países», e «não só nos que têm como nós, uma área marítima muito significativa», mas também com os que têm «preocupações com as alterações climáticas, a preservação da biodiversidade, com os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU».
«Somos um planeta no qual os oceanos representam mais de 80% da biodiversidade» e «somos um país no qual o oceano representa mais de 97% do território, o que é poucas vezes mencionado», disse.
O Primeiro-Ministro disse também que «Portugal foi e é um país com uma vocação universal e ecuménica, a nossa história prova-o», e «foi uma nação que contribuiu para a descoberta do mundo para a aproximação a outros espaços geográficos», mas «estamos numa altura em que, como país que descobriu o mundo, nos interessa que o mundo descubra Portugal».
A Exposição Universal é um dos locais onde podemos lograr atingir este objetivo de forma mais rápida», «porque estaremos expostos a muitas nações que, porventura conhecem menos bem a realidade portuguesa de hoje», acrescentou. A expetativa do comissariado português da Exposição é que o pavilhão português atinja ou supere 1,4 milhões.
Luís Montenegro referiu que Portugal «está na linha da frente em muitos domínios», que «vale a pena mostrar para alavancar a nossa economia e contribuir para o nosso papel no mundo». A participação portuguesa conta com o envolvimento de mais de 150 empresas, associações, autarquias e artistas nacionais.
Portugal, pela sua tradição e valores de «aproximar povos, culturas, para promover a paz e os valores essenciais», «pode acrescentar muito e que pode também tirar partido disso mostrando a nossa cultura, a vanguarda do nosso conhecimento, a começar pelos oceanos, as novas tecnologias, a inovação que transforma a vida das pessoas».
E também «mostrar as nossas tradições, o que é único, que é hoje um ativo que devemos aproveitar, quer por nós próprios, quer pelo que os outros podem descobrir e apreciar em nós, contribuindo para o nosso sucesso e a criação de riqueza», disse.
O comissariado-geral espera que as relações comerciais, nomeadamente entre Portugal e o Japão, e o baixo número de estudantes japoneses nas universidades portuguesas aumente após a exposição.
O pavilhão português, da autoria do arquiteto japonês Kengo Kuma, é feito com vários milhares de cabos marítimos e redes de pesca reciclados. O investimento global da participação portuguesa é de 21 milhões de euros.
Portugal é um dos 161 países presentes na
Expo dedicada ao tema «Desenhar as Sociedades do Futuro para as Nossas Vidas».