O Primeiro-Ministro Luís Montenegro anunciou que o Conselho de Ministros vai aprovar a autorização de despesa de mais de 20 milhões de euros para a aquisição de mais de 600 veículos ligeiros, pesados e motociclos para PSP e GNR.
Luís Montenegro fez este anúncio numa declaração no final de uma reunião com as Ministras da Justiça, Rita Júdice, da Administração Interna, Margarida Blasco, o diretor nacional da Polícia Judiciária, o comandante-geral da GNR, o diretor nacional da PSP e o secretário-geral adjunto do Sistema de Segurança Interna.
«Tenho reiteradamente dito que Portugal é um país seguro, é mesmo um dos países mais seguros do mundo, mas este contexto tem de ser trabalhado e alcançado todos os dias», sublinhou.
Portugal sempre seguro
Luís Montenegro fez um balanço da operação
Portugal sempre seguro, a decorrer desde 4 de novembro e até meados de dezembro, congregando forças policiais e serviços administrativos. Nesta operação foram realizadas mais de 170 ações, envolvendo mais de 4 mil efetivos, tendo sido fiscalizadas mais de sete mil pessoas e mais de 10 mil veículos automóveis.
«Foram já levantados, até o momento, mais de duas mil autos de contraordenação, realizadas diversas apreensões e foram mesmo já desmanteladas duas redes criminosas, no âmbito da imigração ilegal e no âmbito do tráfico de pessoas», disse.
Também «estão em curso diligências investigatórias sobre acontecimentos recentes da alteração da tranquilidade pública» (os distúrbios ocorridos em alguns locais da Grande Lisboa em final de outubro de início de novembro).
Presidente de Cabo-Verde
O Primeiro-Ministro disse também que se reuniu com o Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves, que visita Portugal, na residência oficial, tendo agradecido «o sentido de responsabilidade das autoridades cabo-verdianas» e escutado as conclusões da reunião do Presidente cabo-verdiano com os representantes associativos de cabo-verdianos em Portugal.
«Continuaremos a atuar dentro de toda esta envolvência e faremos aquilo que é nossa obrigação. Não deixaremos ninguém para trás, olhamos para a realidade de uma forma transversal, sabendo que todos os contextos devem ser atendidos – familiar, social, laboral, de acesso a bens fundamentais como a educação, a habitação, a saúde. Estamos empenhadíssimos em poder servir o País como um todo e, naturalmente, servir também estas zonas» onde ocorreram disturbios, disse.
Luís Montenegro afirmou ainda que o Governo vai prosseguir «o caminho de valorização das carreiras e das remunerações dos profissionais que prestam serviço na Administração Pública, em particular nas forças de segurança».