Inauguramos hoje um museu da memória – memória de dor, privação, tortura e sofrimento –, um memorial que homenageia e perpetua todos os que, heroicamente, resistiram e deram a vida pela Liberdade. Um "museu da memória, para que não esqueçamos".
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O museu que hoje inauguramos, o primeiro desta tipologia no universo dos museus portugueses, tem muitos sentidos e significados – é muitas coisas em simultâneo, desde logo pela sua espessura histórica e pela beleza paisagística deste lugar. Beleza à qual – acentue-se este aspeto – os presos políticos não tinham acesso. É possível, pois, olhar esta paisagem de modo singular, incluindo a ideia de uma "paisagem de privação", de uma paisagem coartada, de uma paisagem aquém da liberdade, quase cega.
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