Se as mulheres aqui presentes não forem um desvio à média dos estudos que existem sobre esta matéria, a resposta será esta: só aceitamos ou só concorremos se acreditarmos que cumprimos 100% dos requisitos.
Só quando se acham totalmente aptas ao lugar, as mulheres, em regra, consideram poder ocupá-lo. É uma dedução lógica.
Sabem o que os mesmos estudos revelam para os homens?
Os homens candidatam-se a cargos mesmo que cumpram apenas 60% dos requisitos.
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Por um lado, as mulheres só esperam ter aquilo que pensam que merecem, e, por outro, acham que o reconhecimento pelo seu esforço e dedicação é algo que deve acontecer de forma natural.
Já os homens, em regra, acham natural ter mais do que aquilo por que se esforçaram e hesitam menos em reclamá-lo.
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A boa notícia é que as coisas estão a mudar, a sociedade está a mudar. E chegará um dia em que este desequilíbrio será muito mais ténue. Um dia deixará de ser notícia que foi eleita a primeira mulher para isto, ou a primeira mulher para aquilo.